Depois de estiagem, excesso de chuvas prejudica agricultores do PR
Com os sete hectares de milho o agricultor Vanderlei Shen pretendia fazer silagem para as vacas. Mas a lavoura nova tombou. Algumas áreas foram atingidas por ventos de 130 quilômetros por hora. “Nós achamos que fosse só chuva, mas desceu tudo. O vento deitou tudo. Foi um vento forte”, falou.
O agricultor não quer nem calcular o prejuízo. Sem seguro, ele ainda espera salvar alguma coisa. “Agora, é esperar para ver se levanta. Se não levantar, não sei o que vamos fazer”, completou Shen.
As prefeituras e a Secretaria Estadual de Agricultura ainda não têm um balanço das perdas. É preciso esperar a chuva parar para conseguir avaliar a situação. O caminho do vento ficou bem marcado. Lavouras vizinhas tiveram sortes diferentes. Os pés que já estavam grandes dificilmente vão se recuperar. As plantas mais novas, que não formaram espigas, ainda têm alguma chance.
Os agricultores estavam tão preocupados com a estiagem e com os danos que poderiam ser provocados por causa dos 30 dias de seca que agora a decepção foi até maior. A tão esperada chuva levou mais prejuízo ainda.
Em outra fazenda da região, o milho também caiu em 30 hectares. Mesmo se a planta se recuperar, ainda há o risco de estragar as máquinas na hora da colheita.