Encontro discute medidas para fiscalização dos agrotóxicos

Publicado em 28/04/2010 08:28
O sistema de fiscalização sobre o uso de agrotóxicos no país está sendo debatido, a partir de dessa terça-feira (27), no 5º Encontro de Fiscalização de Agrotóxicos das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, na capital fluminense. Os técnicos e especialistas querem harmonizar os procedimentos entre os estados para tornar as ações fiscalizadoras mais eficientes.

“[O objetivo é], realmente, produzir efeitos mais concretos para a preservação da saúde das pessoas e [contaminação] do meio ambiente”, disse à Agência Brasil o engenheiro agrônomo Leonardo Vicente, coordenador de Controle de Agrotóxicos da Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de Janeiro. O encontro é promovido pela secretaria em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Para Vicente, é importante que as experiências bem sucedidas sejam levadas para os estados que ainda carecem de uma solução na área da fiscalização de agrotóxicos. “É feita uma troca de experiências entre os estados. São discutidos os principais gargalos na fiscalização e é tirada uma proposta de trabalho para toda a região”, afirmou.

Ao final do encontro, que se estenderá até a próxima quinta-feira (29), será divulgado um documento com as ações que serão implantadas pela Secretaria de Agricultura e o Inea no meio rural fluminense, visando a coibir o uso de agrotóxicos em desacordo com a legislação. Ele revelou que as empresas que comercializam agrotóxicos no estado do Rio estão credenciadas e agora deverão receber o certificado de licenciamento ambiental.

“O Rio de Janeiro vai ser pioneiro nesse licenciamento ambiental dos estabelecimentos de comercialização de agrotóxicos”, disse. Isso representa uma melhoria no controle da comercialização. Por outro lado, os produtos vão ter que seguir as normas rígidas para armazenamento e comércio, além de transporte. A experiência fluminense será expandida para os demais estados.

O governo do estado quer fazer do Rio de Janeiro uma referência também na produção de alimentos que têm baixo índice de agrotóxicos, chamados de ecoamigáveis. Leonardo Vicente explicou que usando a tecnologia moderna os agricultores poderão produzir alimentos em quantidade e a preços acessíveis à grande maioria da população, mas respeitando a saúde das pessoas e evitando a contaminação do meio ambiente.

“Seria usar toda a tecnologia disponível de uma forma inteligente, favorável ao agricultor, ao meio ambiente e ao alimento que vai ser produzido”, afirmou. Segundo ele, os alimentos ecoamigáveis respeitam toda a cadeia produtiva. “Respeitam quem produz, quem comercializa e quem consome. Eles utilizam o mínimo necessário de agrotóxicos para a boa prática agrícola”, completou.

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Fonte:
Agência Brasil

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