Uso de defensivos bate recorde no país
As indústrias de defensivos negociaram em 2009 um volume de 1,06 milhão de toneladas - no ano anterior haviam comercializado 986,5 mil toneladas , segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag). Isso significa o equivalente a uma utilização de 22,3 quilos de defensivos por hectare na safra 2009/10, um volume 7,8% maior do que o teria sido aplicado em 2008/9 (20,7 quilos por hectare), considerando a venda de 986,5 mil toneladas em 2008.
Um dos motivos para o aumento no consumo é que o produtor estava um pouco mais capitalizado que em anos anteriores na safra que está em fase final de colheita. Com mais recursos, foi possível elevar o uso de tecnologia nas lavouras, o que contribuiu para uma safra recorde de 146,3 milhões de toneladas, mesmo com uma redução de 74 mil hectares e plantio total de 47,6 milhões de hectares.
A categoria de herbicida, usada para controlar a infestação de ervas daninhas, foi a mais vendida em 2009, com um volume de 632,2 mil toneladas, aumento de 9,9%. A queda no preço do glifosato - principal herbicida do mercado - fez com que a receita nessa categoria recuasse 21,7% para US$ 2,5 bilhões em comparação a 2008, segundo o Sindag.
Mas o destaque nas vendas ficou por conta dos fungicidas. O aumento da incidência da ferrugem da soja no Sul e Centro-Oeste elevou a demanda para 127,8 mil toneladas, um crescimento de 14,8%. Em receita, a categoria foi uma das poucas a ter um resultado positivo, com crescimento de 13,8% e faturamento de US$ 1,8 bilhão.
A soja também foi a responsável pelo aumento no consumo total de defensivos e por evitar um desempenho ainda pior na receita da indústria no ano passado. Os 23,2 milhões de hectares semeados com o grão receberam 530,1 mil toneladas de defensivos, elevando em 18% o volume consumido. Diante do aumento da demanda, principalmente de fungicida, as vendas para os produtores de soja renderam ao setor US$ 3,12 bilhões, um incremento de 2,6%.
A demanda por defensivos por parte dos produtores de milho ficou praticamente estável em 2009 em 143,7 mil toneladas (queda de 0,4%). Já os produtores de cana reduziram em 8,6% o uso de produtos químicos para 70,9 mil toneladas no ano passado, enquanto os cotonicultores elevaram a utilização para 69,6 mil toneladas, 13,8% a mais do que no ano anterior. O aumento no algodão ocorre mesmo com a área plantada tendo se mantido praticamente estável na safra 2009/10 em 836 mil hectares.
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