Estiagem deve interferir na produção agrícola em Mato Groso
A produção de grãos em Mato Grosso na atual safra mantém-se em alta, com expansão de 2,9% comparada à produção passada, chegando a 29,123 milhões de toneladas, segundo o 8º levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (6). A nova estimativa conjunta do órgão com o IBGE mostra que Mato Grosso fica em segundo lugar no Brasil, atrás do Paraná, com 30,634 milhões de toneladas, um incremento de 22,8%.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
No ano passado houve perdas do Estado pelo clima desfavorável. Do total de Mato Grosso, só em soja serão 18,779 milhões/t, dado em linha com a estimativa do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), cujo último boletim apontou 18,814 milhões de toneladas. Na produção de milho, o Estado também se rivaliza com o Paraná como segundo produtor, somando 8,242 milhões de toneladas. Apesar de manter a produção em alta comparada com a safra 08/09, a produtividade geral dos grãos recuou 2,7%, e mesmo assim está com retorno de 3,266 mil quilos por hectare, acima da média nacional.
Um dos responsáveis pela queda é o milho, com redução de 10,4%, a 4,415 mil kg/ha. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, atesta que a produção antes prevista de milho não vai se verificar. Ele afirma que a estimativa do setor era que o grão atingisse a produção total de 9,5 milhões na primeira e segunda safras. Mas, reforça, "deve ficar entre 8,2 milhões a 8,5 milhões de toneladas porque está muito seco, sem chuva".
Quanto à soja, avisa, o que preocupa é o preço da oleaginosa que insiste em permanecer em baixa. Ele computa a tendência a uma série de fatores, como estoque mundial alto, de 63 milhões de toneladas entre uma safra e outra, e a persistência da crise econômica de países europeus, como Grécia, Portugal e Espanha. A Europa, relembra, compra 38% da soja de Mato Grosso. Neste caso, avalia Silveira, a esperança dos sojicultores depende do que a China vai demandar do produto e a melhoria da economia europeia. No caso do câmbio, forte indicador que impacta a cadeia da agricultura, o dólar valorizou-se nesta semana, devido ao desempenho econômico da Europa. Neste caso, ele recomenda: "O que o produtor tem que fazer agora é travar o preço e esperar o câmbio. E o momento é de cautela".
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majory imai Bragança Paulista - SP
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