FERTILIZANTES: Dólar em alta e demanda aquecida podem elevar cotações.
A crise financeira na Europa continua vigorando e provocando o fortalecimento do dólar em relação ao Euro e às demais moedas. E dólar forte significa preços de fertilizantes mais elevados em real . Além disso, a própria cotação internacional do produto está em alta como explica Elizabeth Chagas, sócia-diretora da EC Consultoria : “ há um aumento no valor desde o início do ano e isso ocorre em função da escassez da matéria prima. O preço pago por tonelada importada para o Brasil já foi de US$ 60,00 e agora o valor chega a US$ 240,00”, diz a diretora. Segundo ela, o enxofre (matéria prima básica na composição do fertilizante) é um subproduto do petróleo e, portanto, de difícil estocagem.E com um consumo mais resguardado de petróleo no mundo, a produção de enxofre tende a diminuir. Como em qualquer outro mercado, quando há uma procura maior do que a demanda os preços sobem.
No entanto, ainda é um bom momento para compras. Segundo Pedro Arantes, consultor técnico da FAEG (Federação de Agricultura de GO) “a demanda do lado do produtor está muito lenta”. Isso está impedindo um aumento maior nos preços pagos aqui no mercado interno.O consultor lembra que em 2008, a tonelada do adubo foi negociada em média de R$1300, no ano passado, em função da crise financeira , o preço caiu e a tonelada chegou a ser negociada por até R$700. Atualmente, a média é de R$750. A orientação, portanto, é de que aquele que tiver condições, garanta os atuais preços. Arantes explica que os valores podem aumentar caso o volume de compras aumente próximo ao período de plantio. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
De acordo com Carlos Florence, diretor-executivo da AMA Brasil (Associação de Misturadores de Adubos do Brasil), é difícil prever um valor e fixá-lo, pois o segmento de adubos é um mercado que oscila muito. Mas ele também acredita que a possibilidade de uma safra recorde deve alavancar os preços. “Com uma boa rentabilidade agricultura, é impossível ter redução de consumo, o que pode ocorrer é ficarmos na média do ano passado”. Segundo Carlos, em 2009 foram comercializados, em volume, um total de 22,4 milhões de toneladas de adubo, mesma quantidade utilizada em 2008.
Elizabeth Chagas também considera possível um reajuste nos preços praticados atualmente. “Eu apostava que o preço fosse reduzir até junho, mas agora não posso garantir em função da demanda. Além disso, vejo o mundo entrando numa nova crise, por conta dos problemas da Europa e tudo isso pode influenciar as cotações” diz a diretora.
Entre os fertilizantes, os que estão mais em alta são os nitrogenados, fosfatados, e o enxofre, esse último com alta de 38%. Em contrapartida, os preços da uréia estão caindo por conta de perspectivas de que a Petrobras aumente a oferta desse produto.
Flávia Previato
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