Previsão de forte aumento no preço mundial dos alimentos

Publicado em 27/05/2010 16:08

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O crescimento da população mundial, que chegará a 9 bilhões e 600 milhões em 2050, e seu conseqüente impacto na demanda de alimentos provocará altas entre 15 e 20% nos preços destas mercadorias até 2015, o que prevê uma nova oportunidade para a Argentina bicentenária.

Assim diz o Centro para a Implementação de Políticas para a Igualdade e Crescimento (Cippec) na sua Agenda do Bicentenário, uma avaliação geral dos principais indicadores educativos, sanitários, econômicos, sociais e políticos destes 200 anos de história com a adição de uma perspectiva sobre o futuro imediato.

O diretor do programa de Inserção Internacional da Cippec, Lucio Castro, destacou as oportunidades que se abrem no mundo para a Argentina, frente a um cenário internacional marcado pelo crescimento sustentado do mundo emergente, liderado pela China, Índia e Brasil.

“Estas tendências estruturais continuarão empurrando a demanda de produtos alimentares nos próximos 5 anos, trazendo grandes oportunidades para a Argentina. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), até 2050 a população mundial chegará a 9 bilhões e 600 milhões de habitantes. Para poder satisfazer esta fonte de demanda adicional, a produção global de alimentos deveria aumentar um improvável 70%”.

No entanto, a Argentina aproveitará esta oportunidade somente se conseguir voltar a se inserir no mundo. “Somente com o término das restrições às exportações e importações, acrescido de uma agenda ofensiva, permitirão terminar com a grande desconexão da Argentina, e aproveitar a oportunidade da recuperação da economia mundial a partir de 2011”, afirmou Castro, para quem essa desconexão do mundo “implica em uma complexa herança para o próximo governo”.

Para isso, a Cippec - uma ONG que, segundo o assunto que se trate tem o hábito de ser referência tanto para o oficialismo quanto para a oposição- propõe uma nova agenda que inclui: “Reconciliar-se com a região e com o mundo; pacificação nos conflitos com o Uruguai, Brasil e credores estrangeiros; regressar aos mercados de crédito voluntários internacional; sair da omissão como pré-condição para gerar uma onda de confiança para o investimento externo; reformas macroeconômicas para a competitividade focadas na energia e na infraestrutura, e uma vigorosa campanha de atração ao investimento estrangeiro direto, dirigido especialmente aos segmentos de maior valor agregado das cadeias multinacionais de produção”.

Projeções

As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e das Nações Unidas coincidem em que 2011 será um ano de recuperação da economia mundial próximo de 2% do PIB mundial e a máquina propulsora dessa alta serão os países emergentes. Por isso, a potente demanda de alimentos terá que se somar ao 1 bilhão e 400 milhões de pessoas, em sua maioria de origem asiática, que se unirão à classe média mundial.

“É provável que, como reação aos anos de grande desconexão e das recentes mudanças no panorama político do país, se perceba o surgimento de um crescente consenso na Argentina em relação à necessidade de retornar ao mundo. As coincidências emergentes parecem ser três: a redução dos tributos mais elevados à exportação, a eliminação das retenções quantitativas que afetam principalmente o trigo, o milho e os produtos lácteos, e a remoção das barreiras que dificultam a importação de insumos”, disse Castro.

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Fonte:
La Nacion

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Sossega poeta argentino! Eu desafio qualquer humano normal a consumir a sua quota diária de alimentos que a agricultura mundial coloca à sua disposição durante sete [7] dias consecutivos. Ninguém consegue. Se houver falta de alimentos a culpa é dos gordos, que comem além da sua própria quota a de algum vizinho. Pelas minhas contas o mundo produz hoje alimentos para 12 bilhões de pessoas e vem este povo da ONU/FAO prognosticar fome em 2050 para supostos 9.600 milhões de habitantes? Aritmética neles....

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