Vazio sanitário no MT

Publicado em 28/05/2010 10:23

Durante o período de noventa dias, agricultores do todo o Estado do Mato Grosso ficarão proibidos de cultivar a soja. O periodo proibitivo, denominado de “vazio sanitário”, vai de 1 5 de junho a 15 de setembro. A proibição é para evitar o surgimento de focos da ferrugem asiática da soja, que no ano passado causou grandes prejuízos aos agricultores.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Cerca de 38 engenheiros agrônomos e florestais já receberam treinamento para realizar a fiscalização das lavouras e para verificar se o período de proibição está sendo cumprido pelos produtores de todo o Estado.

Caso haja o descumprimento da restrição, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) notificará os produtores com auto de infração e um prazo para que a área plantada seja destruída, além de ser considerada falta grave perante a lei, podendo receber uma multa de até 3 mil UPFs (Unidades Padrões Fiscais), cerca de R$ 80 mil.

De acordo com dados fornecidos pelo engenhiro agrônomo Antônio Marcos Rodrigues, do Indea-MT, o Estado de Mato Grosso é responsável por aproximadamente 31 % da produção de soja produzida no Brasil.

O primeiro foco da ferrugem asiática no país foi constatado em 2001, e rapidamente se espalhou. Nas últimas safras, foi identificada em quase todas as regiões produtoras de soja.

Existem vários fatores que acarretam o surgimento do fungo da ferrugem. Os principais são as chuvas regulares, temperaturas noturnas amenas e áreas de cultivo muito extensas. A presença de água na superficie das folhas é essencial para a infecção pelo fungo, podendo ocorrer em qualquer fase de desenvolvimento da planta.

Atualmente, a ferrugem asiática é a doença que mais causa prejuízos aos produtores, considerando a perda de produtividade e o aumento do custo com fungicidas. Nos últimos anos, as perdas dos grãos ocasionadas pelo fungo da ferrugem vêm diminuindo, mas ainda ocorrem. A utilização dos fungicidas, o uso de cultivares de soja resistentes e o vazio sanitário são hoje as principais ferramentas para o controle da doença para reduzir perdas.

Os produtores devem estar sempre atentos, pois os fungos se espalham com o vento, e as plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento das vagens, causando uma diminuição do peso dos grãos.

Além da eliminação da plantação para evitar o surgimento dos fungos, deve ser eliminada também a soja guaxa ou soja voluntária, que são originadas dos grãos que caem no solo na hora da colheita. O período proibitivo do plantio da soja vale para todos os produtores, exceto para os centros de pesquisas que possuam autorização do Instituto de Defesa Agropecuária.

 
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