Indea fará monitoramento nas lavouras durante vazio sanitário em MT

Publicado em 01/06/2010 13:43
Visando acabar com as chances da proliferação do fungo Phakopsora pachyrhizi causador de ferrugem asiática, o vazio sanitário em Mato Grosso tem início 15 de junho, indo até 15 de setembro. Durante este período, os sojicultores estão proibidos de cultivar a oleaginosa, devendo se dedicar apenas à eliminação de qualquer broto da planta, chamado também de "soja guaxa ou tiguera". O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT),Valney Corrêa, explica que a equipe de fiscais do órgão, composta por 38 engenheiros florestais e agrônomos, vai atuar em todos os municípios do Estado, principalmente nas regiões que apresentam histórico do cultivo da planta em épocas indevidas nos anos anteriores. Segundo ele, da mesma forma que se faz durante as campanhas do combate à aftosa, também haverá campanhas de conscientização da importância do vazio sanitário.

A iniciativa é uma estratégia adicional no manejo da ferrugem asiática da soja com objetivo de reduzir a quantidade de esporos do fungo na entressafra e, dessa forma, atrasar as primeiras ocorrências da doença durante a safra de verão. Foi implantado, pela primeira vez no Brasil, em 2006, em Mato Grosso, depois em Goiás e Tocantins, com resultados considerados positivos. A partir de 2007, foi adotado também em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Maranhão, seguindo instruções normativas estaduais.

O fiscal estadual de defesa agropecuária e florestal do Indea/MT, engenheiro agrônomo Antônio Marcos Rodrigues explica que se durante a fiscalização for detectada soja guaxa nas propriedades, os produtores serão autuados e orientados a eliminar as plantas. Depois de determinado prazo, os fiscais voltam ao local e, se o sojicultor não tiver acabado com a soja existente, será multado e fica sujeito à outras sanções. Durante o vazio sanitário só é permitido o cultivo de plantas da soja com os fins de pesquisa.

Entre os exemplo dos benefícios do vazio sanitário, o fiscal cita o aumento de produtividade, já que as plantas apresentam menos incidência da doença; redução nos custos da produção, uma vez que as aplicações de defensivos e fungicidas vão reduzindo de uma safra para outra. Entre as formas mais comuns de eliminação da soja guaxa estão a dragagem mecânica; dessecação química, por meio de herbicidas; e manejo do solo, por meio de cobertura com outras culturas como milheto, girassol, milho, entre outras.
Fonte: A Gazeta

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