Clima favorece e safra do Paraná cresce

Publicado em 10/06/2010 08:30
Milho da segunda safra: área é menor, mas produtividade aumentou.
A boa previsão da segunda safra do milho está mantendo o Paraná como o principal responsável pela produção de grãos no País, mesmo com uma estimativa de redução na produção de trigo.

Os levantamentos agrícolas de maio, divulgados nessa terça-feira (08-06), simultaneamente, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dão conta de uma safra de 30,7 milhões a 31,15 milhões de toneladas de grãos, no período 2009/2010.

Com as safras quase finalizadas, as expectativas agora se voltam ao início das culturas de inverno e à comercialização das produções de milho e trigo, principalmente.

No caso do milho, houve redução na área plantada devido aos baixos preços no mercado, mas a produção aumentou. A segunda safra do produto, também conhecida como safrinha, foi plantada em 1,346 milhão de hectares de terra, no Estado, este ano. Em 2009, a área chegou a 1,514 milhão.

Porém, a produção saltou de 4,578 milhões para 5,787 milhões de toneladas - um aumento de 26,4%, atribuído principalmente às melhores condições das lavouras.

De acordo com o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Francisco Carlos Simioni, a comercialização do produto deve sofrer impactos, a curto prazo, dos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) que começaram a ser promovidos pela Conab no final do mês passado. Segundo ele, o produto está sendo cotado entre R$ 14 e R$ 14,50. “É um valor próximo ao mínimo”, explica.

Já o trigo, apesar de continuar a preços muito baixos no mercado, deve quase recuperar, este ano, a perda de 17,2% na produção da última safra. A expectativa da Conab, por exemplo, é de que, apesar de uma queda de 15,2% na área plantada, no Paraná, a produção no período 2010/2011 seja 16,3% maior, chegando a 2,95 milhões de toneladas - perto dos 3,07 milhões produzidos há dois anos, mas menor que a estimativa do mês passado.

Simioni lembra que os preços do trigo continuam abaixo do valor mínimo, o que desanima os produtores e ajuda a explicar a forte redução na área plantada. “A oferta mundial abundante do produto, maior que a demanda, está pressionando os preços para baixo”, esclarece, lembrando que o câmbio favorável às importações ajuda a piorar a situação dos produtores nacionais.

País

A falta de chuvas no Nordeste, que prejudicou as culturas do milho e do feijão, e a redução das áreas de trigo plantadas no Rio Grande do Sul e no Paraná fizeram o IBGE reduzir a estimativa da safra brasileira para este ano.

O levantamento de maio do IBGE aponta uma safra nacional de 145,8 milhões de toneladas, ante 146,5 milhões previstos no mês passado. O instituto reduziu a previsão da produção de trigo em 8,2% ante a perspectiva divulgada em abril, principalmente no RS e no PR, maior produtor.

Na avaliação do gerente de pesquisas agrícolas do IBGE, Mauro Andreazzi, é possível que o instituto volte a revisar o número para cima. “Vai depender do mercado do feijão e do trigo, culturas que ainda há tempo de plantar. É necessário haver uma garantia de preço mínimo, pois é uma atividade de risco”.

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Fonte:
Paraná Online

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