Plano Safra é desfavorável à classe média rural, aponta CNA

Publicado em 11/06/2010 15:17
As alterações apresentadas pelo governo no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011, anunciado nesta semana, não favorecem a classe média rural - grupo estimado em 2,5 milhões de produtores rurais – segundo ponto de vista da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A presidente da entidade, senadora Kátia Abreu, ressaltou que, embora utilizem boa tecnologia, “a classe média rural não possui demanda em escala suficiente para negociar os preços dos seus insumos e sua produção não gera receita para cobrir os custos da atividade”. Por este motivo, entende que “é necessário estabelecer um novo modelo de financiamento para o setor, que melhore o ambiente institucional, reduza os riscos das operações de crédito e eleve a disponibilidade de recursos”.

Segundo a senadora, a classe média rural, na prática, está excluída do sistema oficial de crédito.

– Estes produtores investem em tecnologia, mas não têm acesso aos recursos do crédito rural oficial – declarou.

Para Kátia, a exclusão tem um preço elevado, já que eles precisam financiar sua produção com recursos da iniciativa privada.

– Para custear as lavouras, buscam recursos com financiadores privados (tradings e multinacionais), pagando taxas de juros elevadas.

Estimativas da CNA mostram que a taxa de juros efetiva praticada no crédito rural chega a 15% ao ano na região Sul e a 21% ao ano no Centro-Oeste.

Veja aqui a nota da Superintendência Técnica da CNA, com avaliações sobre os principais pontos do PAP 2010/2011.
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Só Notícias

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