Com muitos motivos para comemorar Aiba celebra duas décadas de existência com ações

Publicado em 24/06/2010 13:34

O sucesso na safra 2009/10 do cerrado baiano (5,8 milhões de toneladas de grãos, com recordes na produção e produtividade em soja e milho) e da última edição do seu maior evento, a Bahia Farm Show, que registrou crescimento de 47,6% em negócios e 38,5% em público ante a edição de 2009, são o pano de fundo mais que desejado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) para a comemoração do seu vigésimo aniversário.
A entidade, reconhecida em todo o país pela sua credibilidade, organização e representatividade, começou pequena, com apenas 16 integrantes, em 22 de junho de 1990, e se tornou um caso de sucesso, não apenas pelo que conseguiu evoluir em sua própria trajetória, mas por contribuir decisivamente para o direcionamento dos rumos da região Oeste da Bahia, principal pólo agrícola do estado, um dos maiores do país, e objeto de desejo de investidores de todo o mundo. As comemorações pela data começaram em 1º de junho último, durante a Bahia Farm Show, e prosseguem até o final do ano, com uma série de ações e eventos comemorativos, cujo tema central será a valorização do produtor rural brasileiro.

Além da re-estilização da identidade corporativa da Aiba (logomarca, papelaria e chancelas) e do investimento em mídia institucional, cujo viés será abrangente, a pauta de atividades promovidas pela Associação nos próximos meses inclui uma rodada de encontros com os candidatos ao Governo do Estado, no formato de almoço-conferência aberto aos produtores associados, que acontecerão entre os meses de agosto e setembro, além do lançamento do Prêmio Aiba de Jornalismo do Agronegócio, previsto para outubro.

Nos almoços-conferência, denominados “Propostas na mesa”,  os aspirantes ao cargo de Governador, após conhecer as demandas dos produtores rurais da região, apresentarão suas plataformas de governo para o setor agropecuário. Já o Prêmio vai destacar as principais matérias e reportagens produzidas sobre o agronegócio do Oeste da Bahia nos âmbito regional, estadual e nacional, e nos formatos jornal, revista, rádio, TV e internet.

“Decidimos por comemorar os 20 anos de existência da Aiba, bem ao estilo da entidade: com ações. Nossa meta é valorizar o homem do campo, contribuir para uma mudança de percepção e atitude, principalmente, do cidadão urbano, enfatizando a função social do produtor e sua importância para o país”, afirma o presidente da Aiba, Walter Horita.

Crescimento sustentado

Os cerca de 1,3 mil associados, que respondem por mais de 90% da área plantada do Oeste da Bahia, um histórico de conquistas e a credibilidade adquirida são sem dúvida o maior patrimônio que a Aiba alcançou ao longo das últimas duas décadas que compreendem a sua existência. Esta história foi  construída passo a passo e começa, no dia 22 de junho de 1990, na sede da Fazenda São Francisco, da empresa Belap, em Barreiras. Além da representação e da defesa do setor, estavam desde o princípio entre os objetivos da entidade o aporte de tecnologia e a troca de informações e de experiências, a defesa do meio ambiente, estudos de aproveitamento dos recursos hídricos regionais e o uso racional destes, o aprimoramento da utilização de equipamentos e métodos de irrigação, bem como o intercâmbio de conhecimento entre entidades congêneres, assim como a criação de um banco de dados disponível aos associados.

Mais tarde, em 3 de agosto daquele ano, os 16 membros que constituíram a comissão se reuniriam em assembléia, sendo o presidente eleito o produtor Humberto Santa Cruz Filho, que liderou por 18 anos a Aiba, até passar a missão para o produtor Walter Horita há dois anos. “Nossa missão era gerar uma nova força que desse um rumo ao desenvolvimento do Oeste da Bahia”, lembra Humberto Santa Cruz, atualmente prefeito do município de Luís Eduardo Magalhães, o mais novo da região. “É muito bom rever esta trajetória, ver onde chegamos e constatar que tínhamos razão e que continuamos no caminho certo. A Aiba é um orgulho do Oeste”, complementa Santa Cruz.

A instituição que nasceu como Associação de Irrigantes da Bahia, abriu-se em seguida a todos os produtores da região, tornando-se Associação de Agricultores e Irrigantes do Oeste da Bahia, e, em 2004, alterou seu nome para Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, ampliando seu raio de atuação, sem mexer na marca, já consolidada, Aiba.

Evolução do cenário

Dos cerca de 100 pivôs de irrigação instalados na fase inicial da associação, passou-se a 400 em 1993, 547 em 1995, e 660 em 2000, e aproximadamente 860 em 2010, a maior parte deles em lavouras de algodão. Importante ressaltar que todos os pivôs da região são devidamente outorgados pelos órgãos ambientais competentes. Um olhar sobre os levantamentos da safra que começaram a ser realizados pela Aiba a partir de 1992 é suficiente para comprovar a expansão da atividade agrícola no cerrado da Bahia desde então:

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A produção agrícola levantada inicialmente, de 803 mil toneladas de soja e de milho na safra 1992/93, chegou a 4,7 milhões de toneladas nas duas culturas no ciclo 2009/10, com crescimento de 485%. Já no algodão e no café, dos quais se dispõem dados a partir da safra 1995/96, quando eram pouco expressivos na região, foram registrados  crescimentos de produção de até 18.000%  até a atual safra para o algodão e de 8.000% para o café. 

“A Aiba foi criada com urgência, meio a ‘toque de caixa’, mas tinha o interesse da coletividade como sua principal razão de existir. Por isso, ela foi crescendo e conseguiu se estabelecer e ganhar credibilidade”, lembra um dos seus fundadores, o produtor Adelar Cappellesso. “Era um grupo de boa fé. Pessoas em quem a comunidade confiava, e tudo que começa assim tende a dar certo”, complementa Cappellesso. Ele destaca, entre os benefícios que o somatório de forças promovido pela entidade trouxe aos produtores, as muitas vitórias jurídicas contabilizadas desde a criação até os dias atuais.

“A primeira, se não me engano, foi a redução de impostos sobre o adubo e depois sobre o óleo diesel. Este ano, ganhamos uma causa antiga contra o Funrural e também contra o passivo ambiental”, lembra o produtor, referindo-se, nos dois últimos casos, às recentes conquistas da Tutela Antecipada na ação movida pela Aiba que eximiu seus 1,3 mil associados da cobrança inconstitucional da Contribuição Social Rural, e o Plano Estadual de Adequação e Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais/ Plano Oeste Sustentável.

Defesa acirrada

A ação forte e persistente da Aiba resultou em muitas conquistas  em benefício dos produtores. Já no início, um resultado muito importante foi conseguido no que tange à utilização de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos insumos da produção, como óleo diesel. Ainda na área tributária, a Aiba participou ativamente do processo de formatação junto ao Governo do Estado do Programa de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalba), que possibilitou a criação do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro), que hoje permitem à Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) desenvolver uma série de ações para o desenvolvimento da cultura, com foco na qualidade, na sanidade, no sócio-ambiental e no marketing da fibra baiana.

A via judicial foi intensamente utilizada, com assistência e defesa especializada aos produtores em vários temas, como crédito rural, salário educação, política de preços, meio ambiente, logística e muitos outros.

“Todas essas ações visam resultados econômicos, sociais e ambientais e se estendem a todos os produtores, sem distinção, especialmente para aqueles que formam o nosso banco de dados, os associados”, explica o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, segundo quem para conseguir estas vitórias é preciso, além de um quadro competente de colaboradores, ter credibilidade. “Tomamos nossas decisões com base nos resultados, na técnica, e não motivados pela emoção ou pela política”, afirma Pitt.

Percepção positiva


A estratégia de atuação de que fala o vice-presidente é percebida para além do quadro de associados da instituição. Na visão do vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, e uma das personalidades mais influentes do agronegócio do Brasil, Luiz Suplicy Hafers, a Aiba é uma demonstração de organização do setor agrícola.

“Ela não radicalizou, foi em busca de soluções, contribuiu muito, e foi essencial para o grande sucesso do Oeste baiano, com propostas e não com reclamações. Com ações e não reações. É um exemplo claro de liderança e enorme organização no passado, no presente, e, certamente será assim também no futuro. Não devem ter sido fáceis esses 20 anos, tenho certeza, e me emociono ao lembrar dos tantos momentos em que pudemos atuar juntos”, afirma Hafers, cujo trabalho pelo desenvolvimento da cafeicultura da região ajudou a promover o produto do cerrado dentro e fora do Brasil.

O depoimento é compartilhado pelo presidente da SRB, Cesário Ramalho. “Cumprimentamos com entusiasmo nossos amigos da Aiba pelos 20 anos de atuação competente, colocando o Oeste da Bahia em situação de destaque no agronegócio brasileiro. Esperamos poder continuar em sintonia em nosso projeto de construção de uma agricultura desenvolvida, que respeita o meio ambiente e gera renda no campo”, afirmou Ramalho.

O governador da Bahia, Jaques Wagner, durante as comemorações pelo aniversário da Aiba na abertura da Bahia Farm Show comentou: “Seria uma data vazia se não fosse a Aiba a entidade que é. Séria e competente, que atua pelo desenvolvimento não apenas do produtor, mas do agronegócio como um todo”, disse o governador.

Para o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia, Eduardo Salles, a história da agricultura no cerrado baiano e a da Aiba se confundem em quase toda a trajetória. “A Aiba foi a primeira entidade a organizar e congregar os produtores da região e fez isso de forma proativa e competente, que perdura nos dias atuais em todas as suas ações. Tive a honra de ser diretor regional da entidade muitos anos atrás e de ser, antes de mais nada, um amigo e admirador desta associação”, disse o secretário.

Ex-ministro da Agricultura e parceiro recorrente em diversos momentos, como na realização da Conferência Mundial do Café, organizada pela Aiba, em Salvador, no ano de 2005,  Roberto Rodrigues enfatiza a atuação e o respeito conquistado pela entidade. “A Aiba é uma referência que transcende as fronteiras do Brasil. A capacidade técnica, a seriedade da instituição, e a maneira como toca os seus assuntos fez com que ela ganhasse o mundo. O testemunho da Aiba é um exemplo para o Brasil e tem que ser seguido. Portanto, é um orgulho participar de um evento que celebra o seu vigésimo aniversário, porque são 20 anos de apoio à construção do país”, disse Roberto Rodrigues, em sua visita à Bahia Farm Show.

Bom para todos


Ao defender políticas públicas para o desenvolvimento do setor agrícola como um todo e promover ações de responsabilidade social e ambiental a Aiba expande o espectro da sua atuação e, em conseqüência, os benefícios deste trabalho para além do seu cadastro de associados. Dois exemplos disso são o Plano Oeste Sustentável e o Fundo para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Oeste da Bahia – Fundesis.

O primeiro é uma iniciativa sem precedentes no estado e foi concebido e construída conjuntamente pelo Governo do Estado da Bahia, através das secretarias de Meio Ambiente (Sema) e de Agricultura (Seagri), produtores rurais representados pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da ONG The Nature Conservancy (TNC), e com a interveniência do Ministério do Meio Ambiente/ IBAMA. O Plano Estadual de Adequação e Regularização dos Imóveis Rurais, e o seu desdobramento regional, o Plano Oeste Sustentável, tem como objetivo promover e apoiar a adequação ambiental em todas as propriedades rurais do estado, através da recuperação e regularização de suas reservas legais e áreas de preservação permanente, assim como a regularização das autorizações, dos registros e licenças ambientais necessários à produção agrícola.

 Já o Fundesis é uma das mais importantes ações de Responsabilidade Social desenvolvidas pela Aiba, que, neste caso, conta com a parceria do Banco do Nordeste. Ele foi criado em 2007 e tem como objetivo melhorar a qualidade vida de milhares de pessoas na região, através do financiamento de projetos sócio-educativos. Suas ações são voltadas para a Inclusão Social e Digital, Educação, Cultura, Saúde Preventiva, Geração de Renda e Empreendedorismo.

Em 2010 o Fundesis conta com R$700 mil para novos projetos, que estão disponibilizados em edital. Desde a criação, outros R$700 mil foram investidos, e beneficiaram diretamente mais de duas mil pessoas, através de 16 projetos de 13 entidades, nos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Angical.

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Fonte:
Imprensa Aiba

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