Paraná adota rigor para conter o avanço de pragas e doenças
O agrônomo da Seab, José Croce Filho, informou que o citricultor deve fazer, no mínimo, duas inspeções de greening por semestre. “Já temos casos de produtores de Paranavaí que foram multados e as sentenças estão sendo publicadas no Diário Oficial da União. Dos 399 municípios do Paraná, 54 já apresentam ocorrências de greening e esse número tem aumentado a cada semestre. Por isso não podemos facilitar. A doença está espalhada desde Jacarezinho até Umuarama”, informa.
No ano passado, 92% dos agricultores paranaenses entregaram o relatório dentro do prazo previsto, 4% foram notificados e o apresentaram posteriormente e 4% não entregaram. “Com o aquecimento do mercado de laranja, temos percebido que os produtores estão mais conscientes neste ano. Acreditamos que a entrega de documentos seja igual ou maior que a do ano passado”, prevê.
Na opinião de Croce Filho, o ataque das pragas no Paraná ainda é menor porque os pomares são novos, implantados dentro de técnicas modernas e a maioria integrada ao sistema cooperativista, que dá todo o suporte necessário aos produtores.
“Pragueiro”
A cultura da laranja, assim como outras atividades no meio rural, exige atenção especial dos produtores e técnicos para evitar o ataque de doenças. Na região Noroeste existe até a figura do “pragueiro” um profissional que atua percorrendo os pomares diariamente a fim de identificar possíveis ataque de greening, pinta preta, cancro cítrico ou outra praga. É que quando diagnosticada no começo, a planta contaminada é eliminada e evita a propagação para a lavoura toda ou, se for o suficiente, é feito o tratamento.