Aiba apóia retorno da Coordenação da Agroindústria à Seagri

Publicado em 15/07/2010 13:48

As atividades de apoio à agroindústria baiana, que desde a década de 90 faziam parte das atribuições da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia (SICM), voltam hoje à responsabilidade da Secretaria da Agricultura do Estado Bahia (Seagri), em uma cerimônia que acontece logo mais às 14h30, na sede da SICM, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), entidade que congrega mais de 1,3 mil produtores rurais na região Oeste do Estado, apóia a decisão dos secretários Eduardo Salles e James Correa e acredita que as informações e decisões sobre toda a cadeia do agronegócio concentradas na Secretaria da Agricultura (Seagri) poderão trazer ganhos para o setor.

“A volta da Coordenação da Agroindústria para a Secretaria da Agricultura é uma iniciativa absolutamente coerente do Governo do Estado, na medida em que reforça a sinergia entre os dois setores. A agroindústria é um nicho específico do setor secundário, sobre cuja matéria prima a Seagri detém as informações, tanto no que tange à produção agrícola, como às cadeias produtivas e suas demandas e oportunidades de investimento. Isto propiciará maiores probabilidades de acertos no direcionamento das políticas públicas. Todos saem ganhando”, afirma o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

Agronegócio

Biodiesel a partir da semente da mamoma, suco in natura engarrafado da laranja, milho em conserva, compotas de doces de frutas, café solúvel, chocolate fino oriundo do cacau. Exemplos que comprovam a importância da indústria agrícola para agregar valor aos produtos, que formam a cadeia produtiva, desde o plantio, colheita até a industrialização.


Segundo a Seagri, a decisão foi tomada em comum acordo entre os secretários da Agricultura, Eduardo Salles e da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia. As indústrias agrícolas faziam parte da Seagri até a década de 90, quando passou para a SICM e durante esse período, a SICM atraiu importantes investimentos agroindustriais para o estado da Bahia. A mudança da coordenação ocorre devido a própria especificidade da atividade da agroindústria, que tem maior identidade com a secretaria da Agricultura. “Este é um momento significativo para a agropecuária da Bahia. Sinto-me feliz por estar secretário da Agricultura e participar de desenvolvimento deste importante setor da economia, que gera 30% dos empregos, 37% das exportações e é responsável por 24% do PIB do nosso estado”, disse secretário Estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles.

Para Eduardo Salles, a retomada da coordenação de agroindústria, representa um marco para a agricultura, demonstrando a integração das duas secretarias. “Os empreendimentos que surgem no setor agrícola contemplam toda a cadeia produtiva, como pequenas, médias e grandes empresas ligadas ao setor. É impossível pensar agroindústria sem a agricultura”, afirma.

Em sintonia com a SICM, a Seagri já vem desenvolvendo projetos, visando a verticalização das cadeias produtivas. Uma das recentes iniciativas foi a implantação de 18 câmaras setoriais, que vão abrigar 20 cadeias produtivas prioritárias da agropecuária. As câmaras setoriais do Algodão, Apicultura, Cacau, Café, Cana de Açúcar e derivados, Carne (aves e suínos, bovinos e bubalinos, caprinos e ovinos), Fibras Naturais, Fruticultura (Citricultura, Fruticulturas Temperada e Tropical), Grãos, Guaraná, Hortaliças, Leite, Mandioca, Oleaginosas, Pesca e Aqüicultura, Seringueira, Silvicultura e Relações Internacionais e Comércio Exterior. As câmaras estão atuando com o objetivo de elaborar um planejamento estratégico de desenvolvimento para os próximos 20 anos.

Cadeias do milho, soja e algodão serão verticalizadas
A Seagri já vinha trabalhando em parceria e auxiliando a coordenação da SICM visando a verticalização das cadeias produtivas no Estado.  Assim, em parceria com a SICM, a Seagri assinou convênio com o Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão, (Fundeagro), com participação da Fundação Bahia, Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia, (Aiba), e Associação Baiana dos Produtores de Algodão, (Abapa), para o desenvolvimento de estudos para fomentar a industrialização das cadeias produtivas do milho, soja e algodão na região Oeste. As instituições contrataram a Fundação Getúlio Vargas, (FGV), que deverá apresentar o estudo no prazo de quatro meses.

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Fonte:
Agripress

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