Também na pesquisa, Brasil vira o país das "commodities"
Já a ponta de baixo da tabela, a das áreas que se saem pior, traz um dado inesperado. A lanterna não é ocupada por um bastião das ciências humanas, como muitos imaginariam, mas pela rubrica economia e negócios.
A contribuição desse setor ficou em 0,48% dos títulos publicados em periódicos internacionais. É metade do que produziu a sociologia.
É importante lembrar que não conseguir publicar em revistas internacionais não significa necessariamente baixa produção. Especialmente nas humanidades, a tradição brasileira coloca mais ênfase na produção de livros, que raramente são indexados, do que de artigos.
Mesmo assim, seria interessante que as universidades fizessem diagnósticos mais precisos de por que não estão publicando. Num contexto de crescente concorrência por verbas, cérebros e parcerias internacionais, o imobilismo pode ser fatal.