Indústria de defensivo aumenta volume de crédito para o campo

Publicado em 23/08/2010 07:35
Conjuntura: Empresas financiam o agricultor com sistema de troca de produto por insumo antecipado.
As indústrias de defensivos continuam aumentando sua participação no financiamento do agronegócio utilizando um sistema conhecido como "barter". As empresas ocuparam uma lacuna deixada pelas tradings a partir da crise de 2008 diante da queda na disponibilidade de crédito e devem atrelar cerca de 30% de suas vendas no sistema de triangulação de produtos nos próximos cinco anos.

Projeções do segmento indicam que as vendas de defensivos no país passará de US$ 6,6 bilhões, em 2009, para US$ 8,5 bilhões em 2015. Com isso, US$ 2,5 bilhões serão obtidos por meio do sistema de troca. Na prática, o "barter" consiste na antecipação da venda de defensivos para os agricultores, que emitem uma Cédula de Produto Rural (CPR), comprometendo-se a entregar determinado volume da produção, correspondente ao valor do insumo recebido (preço de referência).

A entrega física da produção após a colheita é feita para uma terceira parte - no caso, uma trading -, que faz o pagamento do insumo entregue ao produtor diretamente à empresa de defensivo. Para não correr o risco de oscilações de preços, a empresa e a trading dividem a responsabilidade de travar os preços em bolsa, seja no Brasil ou nos Estados Unidos.

Fonte: Valor Econômico

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