Apenas 7,6% da área cultivada de grãos em Mato Grosso possui seguro

Publicado em 27/08/2010 12:02
Apenas 7,6% da área cultivada de grãos em Mato Grosso possui algum tipo de seguro contra catástrofes climáticas, doenças e pragas. Significa dizer que das 9 milhões de hectares plantados no Estado, 641,4 mil são segurados a um valor de R$ 706 milhões. Esse volume, segundo estimativa do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pode aumentar para R$ 3,6 bilhões em dez anos. No País, o valor segurado das lavouras atuais é de R$ 9,6 bilhões com expectativa de chegar a R$ 50 bilhões até 2020. Esse crescimento é atribuído a última medida dirigida ao setor. Nessa quinta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que autoriza a criação do Fundo de Catástrofe.

Serão beneficiados pelo Fundo de Catástrofe 300 mil produtores. Os recursos vão garantir a cobertura de aproximadamente 35 milhões de hectares nas lavouras brasileiras, o que representa 56% da área cultivada de grãos, frutas, cana-de-açúcar, florestas e hortaliças no País. Atualmente, apenas 10% da área plantada têm cobertura do seguro rural. Além da União, seguradoras, resseguradoras, agroindústrias e cooperativas serão cotistas do fundo.

Os valores, constituídos em parceria público-privada, irão garantir às empresas seguradoras e resseguradoras cobertura suplementar dos riscos de seguro rural em casos de catástrofes climáticas, como secas, geadas intensas ou excesso de chuva.

O gerente do Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Tiago Mattosinho, que para o agronegócio a constituição do fundo irá proporcionar tranquilidade para o produtor. "Com o fundo o agricultor poderá ser recompensado, caso ocorra alguma catástrofe na sua lavoura".

Funcionamento - As seguradoras, beneficiárias da subvenção oficial, fecham os contratos com os produtores nas modalidades agrícola, florestal, aquícola e pecuária, sendo responsáveis por, em média, 10% do risco de perdas na lavoura por fenômenos climáticos adversos. As empresas resseguradoras, que atuam em conjunto com as seguradoras, assumem o restante desse risco.

O governo, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), paga parte do prêmio contratado pelos produtores rurais junto às seguradoras. Esse valor varia entre 30% e 70% do prêmio, conforme a modalidade e cultura contratada e tem o limite de R$ 96 mil por produtor para agricultura e de R$ 32 mil para pecuária, florestal e aquicultura.

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Fonte:
A Gazeta

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