Serra: “Se a Dilma sabia, é crime. Se não sabia, não era uma boa administradora”

Publicado em 19/09/2010 18:48


O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, comentou neste sábado a reportagem de VEJA sobre a nova denúncia de propina na Casa Civil. “Se a Dilma sabia é crime. Se não sabia, não era uma boa administradora”, resumiu.

Serra fez questão de ressaltar o fato de a propina estar relacionada à compra de medicamento. “Isso é especialmente mórbido”, ressaltou.

O tucano também deu a entender que muitos brasileiros ainda não entenderam a gravidade das acusações. “Muita gente no Brasil não entende o que é quebra de sigilo, embora seja um crime grave, mas todos sabem o que é corrupção, mensalão e propina”, afirmou. “No meu governo, isso não vai acontecer. Eu tenho uma outra história. Tenho caráter.”

O presidenciável fez as declarações durante uma caminhada por Niterói, na região metropolitana fluminense. O atraso e chuva fizeram com que poucas pessoas acompanhassem o passeio.

Dilma diz que senador Álvaro Dias quer ‘tumultuar’ eleições

A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, afirmou que o senador e líder da oposição Álvaro Dias (PSDB) está tentando criar um factoide ao convidá-la para prestar depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no senado.  A candidata participou neste domingo de uma carreata com o candidato ao governo do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) na cidade-satélite de Ceilândia, a 30 km do centro de Brasília.

Durante coletiva no último sábado, Dias justificou o convite dizendo que Dilma deve explicações, já que era ministra da Casa Civil na ocasião em que ocorreram os tráficos de influência na pasta. “Isso não é um convite, é uma tentativa de se criar um factoide. O senador Álvaro Dias tenta sistematicamente tumultuar as eleições. Eu já fui acusada de tudo”, disse Dilma. “Não aceito convite do senador nem para um cafezinho”.

Sobre a edição desta semana de VEJA, a candidata voltou a repetir o que dizia a nota do Ministério da Saúde sobre a participação de terceiros e da Casa Civil na compra de tratamentos de Tamiflu, antiviral utilizado para combate da gripe H1N1. “Todo ministro da saúde sabe que todos os processos licitatórios da saúde nada têm a ver com a Casa Civil”, afirmou.

Segundo reportagem de VEJA, em julho do ano passado, funcionários da Casa Civil receberam 200 000 reais de propina como consequência do negócio firmado entre o governo e a fabricante Roche para a aquisição de tratamentos de Tamiflu. Como já tinha registro no Brasil e protocolo para aplicação, o remédio foi adquirido por compra direta: sete aquisições entre abril e dezembro de 2009, num preço total de 400 milhões de reais.

Ao ser questionada sobre o envolvimento do ex-assessor da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, sócio do filho da ex-ministra Erenice Guerra, Dilma disse que não se sentia traída. “Não nomeei esse senhor. Não o conhecia e não tem porque eu me sentir traída. Ele era da confiança dela”, alfinetou a candidata.

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Fonte:
Veja.com

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