A mensagem de Dilma é a carta do náufrago

Publicado em 15/10/2010 19:07

A mensagem de Dilma é a carta do náufrago

Atormentados pela sensação de que estão prestes a perder a eleição, o poder, o emprego e a boa vida, os coordenadores da campanha de Dilma Rousseff perderam quaisquer vestígios de escrúpulos e fizeram a candidata perder de vez a vergonha. Divulgada nesta sexta-feira, a Mensagem da Dilma pede ajuda a um Deus a quem acabou de ser apresentada, renega um Programa Nacional de Direitos Humanos que reproduz fielmente o que sempre defendeu e promete que, se chegar à Presidência, fará o contrário do que pregava até a semana passada.

Confrontado com a prova do crime de estelionato, qualquer dirigente da oposição poderia retrucar com a frase seguinte:  “Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos e manipulam a fé e a religião”.  Pois é exatamente isso o que aparece no último parágrafo. Entre as obscenidades institucionalizadas pelo governo Lula figura a que transforma o culpado em inocente e lhe concede o direito de acusar as vítimas.

“Espero contar com vocês para deter a sórdida campanha contra mim orquestradas”, choraminga a signatária. “Sórdida campanha” é a coleção de vídeos que mostram Dilma como ela é. Ninguém orquestrou coisa nenhuma: a internet apenas tornou mais conhecidos alguns trechos da partitura da Ópera da Mentira.

A Mensagem da Dilma é a carta do náufrago enfiada na garrafa que flutua sobre ondas crescentemente perturbadoras. Não vai chegar à praia.

(Clique na imagem para ampliá-la)

Lula refuga o debate com FHC. Não quer “bater boca” com ele, diz o presidente do PT

Com todo o respeito, é bem o estilão dele, embora as palavras não tenham sido proferidas por ele.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou agora há pouco, que o presidente Lula “não vai ficar batendo boca” com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, referindo-se ao desafio feito ontem por FHC para que os dois conversem “olho no olho” após Lula deixar o Planalto.

A proposta de FHC, obviamente, não é “bater boca”, como vocês podem conferir aqui.

Dutra é aquele ex-senador que, perdendo as eleições para o governo de Sergipe em 2002, ganhou de Lula, com dezenas de outros derrotados nas urnas, um presentão: a presidência da Petrobrás, cujo PIB equivale a vários Sergipes e que ele dirigiu até meados de 2005.

Tentou ser senador em 2006, perdeu de novo, e desta vez, no ano seguinte, ganhou outro presente do presidente: o comando da Petrobrás Distribuidora.

(Blog Ricardo Setti)

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Fonte:
Blog Augusto Nunes (Revista Veja

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