Um escorregão diante de William Bonner e Fátima Bernardes equivale quase a um bye bye faixa presidencial. No JN, ao contrário do que ocorre com perguntas de jornalistas nos debates, há a possibilidade de Bonner ou Fátima insistirem numa pergunta que não tenha sido respondida adequadamente.
Qualquer escorregão pode ser fatal, por Lauro Jardim
Já se passaram duas semanas desde o naufrágio petista-peemedebista em Minas Gerais e Patrus Ananias e Fernando Pimentel ainda não se falam.
O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, vai procurar a cúpula da Receita para esclarecer um ponto que tem deixado os fiscais inseguros desde o escândalo da violação do sigilo dos tucanos: o que afinal a Receita entende por acesso indevido?
Para Delarue, nem mesmo a regulamentação da medida provisória, que pune com demissão quem analisar em dados de contribuintes sem motivação, resolveu tal dúvida.
A principal questão que os servidores levam ao sindicato: o fato de ter a senha para acessar já é uma permissão ou sempre é preciso pedir autorização?
A propósito, na semana passada durante um almoço em Belo Horizonte, Aécio Neves mostrou-se inquieto com o futuro de Marina Silva. Disse Aécio:
- Esses votos dela em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal são coisas de momento ou será um novo fenômeno ?
Dilma recentemente mostrou-se preocupada com a reorganização de sua campanha em Santa Catarina, estado onde a oposição elegeu o governador e dois senadores. Ouviu da coordenação de seu comitê local que a estratégia será buscar os votos que migraram na última hora de sua candidatura para Marina Silva nos grandes centros urbanos.
Os petistas de Santa Catarina, no entanto, cobraram uma visita de Dilma ao estado antes que acabem as grandes festas organizadas pela comunidade alemã em Blumenau, no dia 24. José Serra não perdeu tempo, já visitou a Oktoberfest.
E quem são os “parceiros” ou “novos parceiros” a que Maia se refere? Ele responde:
– (…) A conclusão é óbvia. O PMDB já ganhou a eleição, vença quem vencer.
Na tumultuada saída do Hotel Everest, durante sua passagem na quarta-feira por Porto Alegre, José Serra ouviu do ex-deputado tucano Adroaldo Streck, conhecido da época do governo FHC:
– A Dilma é privatista, Serra.
– Ah, é?
– Leia isso aí no avião. Dá um programa (eleitoral) muito bom.
Streck entregou-lhe uma cópia da reportagem de um blog, segundo a qual Dilma Rousseff atuou durante a década de 90 no governo gaúcho e na iniciativa privada para privatizar a CRT, a companhia de telefonia estadual.
Serra guardou o papel no bolso do paletó.