Veja vídeo do tumulto em que José Serra é ferido no Rio (Folha.com)

Publicado em 20/10/2010 17:09 e atualizado em 20/10/2010 18:11
Após ser agredido na cabeça, Serra passa por exame de ressonância magnética
 O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) deu entrada no 
Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, para realização de 
exames clínicos. Serra levou uma pancada na cabeça que o deixou levemente 
nauseado e tonto, segundo o médico que o atendeu, Jacob Kligerman, na Clínica 
Sorocaba, no mesmo bairro. 
Especialista em cabeça e pescoço, Kligerman recomendou que o candidato cancele 
sua agenda de campanha para as próximas 24 horas. "Ele levou uma pancada do 
lado direito da cabeça e está bem. Exame de ressonância magnética identificou que 
a pancada não teve grande consequência, mas recomendei repouso", disse o 
médico. 

PANCADARIA

A campanha presidencial atingiu seu ponto de mais baixo nível no início da tarde desta quarta-feira no Rio de Janeiro, com militantes petistas apedrejando a comitiva do candidato José Serra e causando tumulto no Calçadão de Campo Grande, na zona oeste da cidade. O candidato tucano chegou a ser atingido na cabeça por um rolo de fita adesiva arremessado por militantes com bandeiras do PT e um pastor da Assembléia de Deus levou uma vassourada na cabeça. “Parece tropa de assalto. Já houve várias vezes em São Paulo. O PT tem tropa de choque, é automático. Não sei se foi de propósito ou não. Lembra da tropa de choque nazista? Isso é típico de movimentos fascistas”, disse Serra, que chegou a interromper a caminhada.

A confusão começou pouco depois da chegada de José Serra a Campo Grande. O candidato chegou a caminhar por cerca de cinco minutos, mas foi cercado por manifestantes com cartazes com ofensas a ele – em alguns deles era chamado de “assassino” – e bandeiras do PT. Um grupo de cerca de 30 pastores da Assembléia de Deus improvisou um cordão de isolamento para proteger o candidato, mas a confusão já tinha se espalhado.

Comerciantes fecharam as portas e manifestantes atacaram a comitiva de Serra com bandeiradas e arremessando objetos. Chegaram a ser lançadas pedras contra a van em que estavam Serra e o candidato a vice, Índio da Costa.

Depois de atingido na cabeça, José Serra chegou a interromper a caminhada e entrou na van, mas poucos metros à frente desembarcou e voltou a andar a pé. O estrago, no entanto, estava feito. Com clima tenso, militantes acuados, a agenda na zona oeste do Rio perdeu o tom amistoso que marcou a campanha até então.

Uma mulher que fazia compras no calçadão afirmou ter ouvido dos manifestantes petistas que o movimento foi contratado. “Fui apanhada de surpresa. Passaram e me empurraram. Perguntei se precisavam fazer daquele jeito e um deles me respondeu: estamos sendo pagos para isso, para dar porrada”, disse a auxiliar de enfermagem Marcelhe Mattos, de 35 anos.

Ao tentar defender o candidato o pastor Paulo Cesar Gomes, 59 anos, foi ferido na cabeça por um cabo de vassoura. “Tentei interferir e levei a pior. Tomei uma vassourada”, contou.

Veja vídeo do tumulto em que José Serra é ferido no Rio

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, cancelou agenda programada para a tarde desta quarta-feira no estádio do Maracanã, no Rio, após levar uma pancada na cabeça durante confronto entre militantes do PSDB e do PT.

O presidenciável foi atingido por um rolo de adesivos na testa, logo acima do olho direito. Serra chegou a colocar gelo na cabeça para amenizar a dor, mas não chegou a sangrar.

Serra participava de uma caminhada em Campo Grande (zona oeste do Rio). Ele foi encaminhado para o Hospital Samaritano, em Botafogo (zona sul), para avaliar eventuais consequências da agressão. De acordo com o médico Jacob Kligerman, que o atendeu, não foi constatada nenhuma irregularidade na tomografia.


Segundo Kligerman, Serra disse ter sentido náuseas e tonturas após a agressão. O médico, ex-secretário de saúde na gestão de Cesar Maia, afirmou não ter visto nenhum ferimento aparente no candidato, mas decidiu encaminhá-lo para a tomografia por precaução.

Kligerman afirmou ter recomendando ao candidato que cancelasse sua agenda e ficasse em repouso por 24 horas.

Em nota, a campanha de Serra afirmou que ele foi surpreendido durante uma caminhada "pacífica". "Nossa candidatura reafirma sua posição pela paz, tolerância e um governo de unidade nacional, pois entende que esse é o único caminho para o progresso no Brasil."

"O PT tem tropa de choque. Não sei se foi previsto ou não, mas eles fazem no piloto automático. Lembra a tropa dos nazistas? É típico de movimentos fascistas", disse Serra, após a agressão.

Segundo o empresário Ronaldo Cezar Coelho, que acompanhava a caminhada, Serra foi atingido na saída de uma drogaria. "Fomos emparedados", afirmou.

SINT-SAÚDE

Uma manifestação dos integrantes do Sint-Saúde (sindicato dos trabalhadores de agentes de combate às endemias) deflagrou a pancadaria entre militantes do PT e do PSDB.

O diretor da entidade, José Ribamar de Lima, e o candidato derrotado a deputado estadual Sandro Mata Mosquito (PT) foram ao local com cartazes feito a mão chamando Serra de "pior ministro da Saúde". Eles gritavam, acusando o tucano de ser o responsável pela epidemia de dengue em 2002.

Militantes tucanos puxaram e rasgaram os cartazes, e os grupos adversários começaram a briga.

Um grupo de militantes do PT chegou logo em seguida, deflagrando briga generalizada entre os militantes dos dois partidos.

Serra, neste momento, permanecia dentro de uma loja. O tucano decidiu voltar para o calçadão e manter a caminhada. Ele passou a ser o alvo dos gritos dos militantes, e ameaçou partir para cima dos petistas, mas foi contido por companheiros de chapa, entre eles o vice Indio da Costa (DEM). Xingou de volta alguns dos militantes.

De acordo com Indio, o rolo de adesivos foi tirado da mão de um apoiador de Serra e arremessado contra ele.

 


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Fonte:
O Estado de S. Paulo/Folha

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