Outras pesquisas, por Lauro Jardim

Publicado em 25/10/2010 11:45

Ao contrário das pesquisas do Datafolha, Ibope e outros institutos, que cravam algo como dez pontos percentuais de diferença entre José Serra e Dilma Rousseff, os trekkings diários encomendados pelo PSDB têm mostrado uma situação diferente: empate.

Realizadas sob a coordenação de Antonio Prado Júnior, o Paeco, essas pesquisas têm oscilado entre um e quatro pontos pró-Serra, alternando com um e três pontos pró-Dilma. Ou seja: oscilando entre 48% e 52% nos votos válidos para um lado e para o outro.

Em Minas, essas mesmas pesquisas também registram um empate: 50% a 50% nos votos válidos. Aliás, para o comando tucano vencer em Minas é vital para um envetual triunfo no domingo.

Nunca é demais ressaltar que, embora encomendados pelos tucanos,  foram esses mesmostrekkings que nos dez dias que antecederam o primeiro turno mostravam que haveria segundo turno.

Por Lauro Jardim

A advogada de Addeilda dos Santos, a servidora que quebrou o sigilo de tucanos, vai conversar esta semana com o delegado Hugo Uruguai. Quer pedir a transferência do inquérito da PF de Brasília para a de São Paulo, onde ocorreram as violações de imposto de renda.

A defesa vai alegar que constitucionalmente a investigação tem que ser tocada no local em que o crime foi cometido. No entanto, dificilmente terá sucesso.

Por Lauro Jardim

Gerald Thomas estava afiado no evento Fronteiras do Pensamento que aconteceu em Porto Alegre e cujas conferências foram reunidas num livro que está saindo pela Civilização Brasileira.

Lá pelas tantas, ou mais precisamente à página 277 do livro, Thomas manda bala ao explicar o porquê de ter feito um gesto obsceno para Lula numa manifestação a favor da Varig anos atrás. Fala Thomas:

- Foi em defesa da Varig, que ele ajudou a afundar em virtude da maldita TAM, que tem o (…) do Dirceu como acionista.

Por Lauro Jardim

Leonardo Boff lançou na semana passada uma carta pública de apoio à Dilma Rousseff. Nela, diz coisas como:

- Dilma possui o caráter de uma grande e eficiente gestora (seu lado de trabalho/masculino) e ao mesmo tempo a capacidade de levar avante com enternecimento e compaixão o projeto de Lula de cuidar dos pobres e dos oprimidos (seu lado de cuidado/feminino). Dilma, imbuida desta consciência, poderá impor limites ao trabalho devastador e poderá fazer com que o desenvolvimento ansiado se faça com a natureza e não contra ela, com sentido de justiça social, de solidariedade (…).

Beleza. Engraçado é que o ex-frei Boff só descobriu todas essas qualidades em Dilma no segundo turno. No primeiro, foi de Marina Silva…

Por Lauro Jardim

Para perder a eleição, Dilma Rousseff precisa deixar de ter o apoio de 1 milhão de eleitores por dia, de hoje até o próximo domingo. Impossível? Não. Difícil? Muito.

Até o dia 31, Dilma comparecerá ainda a uma série de eventos de rua e comícios. Neles, não corre riscos (exceto, talvez, de uma bolsa de água cair sobre sua cabeça; mas isso não tira votos, ao contrário).

Como é natural, estará sempre protegida pela claque de militantes e pela popularidade de Lula — que deve estrelar todos esses eventos, a começar pela carreata de hoje de manhã no Rio de Janeiro. Também nos programas eleitorais do rádio e da TV navegará em águas tranquilas.

Dilma, no entanto, estará exposta a duas situações potenciais de perda de votos. Uma são os debates — o de amanhã, na Record; e o de quinta-feira, na Globo. Programa ao vivo, tensão de campanha, tudo isso contribui para uma possibilidade de tropeço.

Em favor de Dilma, porém, é preciso reconhecer que, se ela não é boa de debate na TV (é prolixa, artificial, não conclui pensamentos etc.), também nunca teve uma atuação desastrosa nestes confrontos. Até aqui, ela os perdeu por pontos. Se quiser manter as esperanças, José Serra terá que vencer por nocaute os dois debates.

A outra situação de risco que pode lhe roubar votos é a reportagem de capa de VEJA desta semana. A pressão para que um alto funcionário do ministério da Justiça produzisse dossiês contra adversários é uma revelação de teor explosivo. E que reforça uma característica do perfil de Dilma: a da pessoa pública com uma queda especial pela fabricação de dossiês.

Há dois anos, foi justamente na Casa Civil comandada por Dilma que Erenice Guerra coordenou a confecção de um dossiê com gastos pessoais de FHC e de Ruth Cardoso (a papelada foi reunida com o objetivo de chantagear adversários, num contra-ataque às revelações de gastos de ministros de Lula feitas pela CPI dos Cartões Corporativos.).

O caso Erenice (o mais recente, não aquele do parágrafo acima), tirou parte dos votos que Dilma possuía em algum momento de setembro e ajudou a levar a disputa para o segundo turno. E agora?

Apesar da gravidade da revelação, ainda é cedo para dizer como isso se traduzirá em (perda de) votos. Nos últimos anos, políticos e pesquisadores repetem que notícias de que a confeção de um dossiê não tira votos de ninguém – segundo o chiste corrente, o brasileiro médio entende “docinho” quando ouve “dossiê”.

Ainda que tal confusão seja real, na dinâmica de uma campanha nervosa como a atual por prudência não se deve tentar adivinhar o futuro com base em clichês deste tipo. Assim, o mais correto é aguardar mais alguns dias.

De qualquer forma, permanece o desafio do primeiro parágrafo, que dizia mais ou menos assim: para vencer a eleição, José Serra precisa ganhar o apoio de 1 milhão de eleitores por dia, de hoje até o próximo domingo. Impossível? Não. Difícil? Muito.

Por Lauro Jardim
A ida ao segundo turno alterou o comportamento de Dilma Rousseff em pelo menos dois pontos. Primeiro, ela passou a ter voz mais ativa na própria campanha. E, em segundo lugar, Dilma tem tido pouquíssima paciência com o entourage que a acompanha dia e noite.
Por Lauro Jardim

Desafinados - Dirceu e Palocci: disputa pela hegemonia na condução da campanha

Durante todo o primeiro turno, José Dirceu e Antonio Palocci conviveram bem. A paz, no entanto, acabou neste segundo tempo da campanha. No centro da divergência, a estratégia para as urnas do dia 31. Palocci queria uma campanha mais serena na TV. Dirceu peitou Palocci: queria que um tom mais belicoso prevalecesse e que os ataques à privatização fossem revividos — nesse caso, é bem verdade, em consonância com o que Lula pregava.

Por Lauro Jardim

Com mediação - Lula usa uma ponte chamada Gilberto

Lula e José Dirceu têm se falado bastante nas últimas semanas. Mas não pessoalmente, nem por telefone. Ambos usam Gilberto Carvalho, o chefe de gabinete da Presidência, como intermediário.

Por Lauro Jardim
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Blog Lauro Jardim, veja.com

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