Festa privê no Alvorada comemorou a vitória de Dilma

Publicado em 01/11/2010 08:00

Depois da vitória, a presidente eleita Dilma Rousseff reuniu-se no domingo, 31, à noite por mais de uma hora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Lula evitou manifestações públicas depois da proclamação do resultado sob a alegação de que “o dia é dela”.

Logo após a chegada de Dilma, por volta das 22h40, vários governadores de partidos aliados se juntaram à comemoração, provocando um congestionamento na entrada da residência oficial do presidente. Também participaram da comemoração o vice-presidente eleito, Michel Temer, o presidente do Senado, José Sarney e vários ministros, entre eles Paulo Bernardo (Planejamento), Celso Amorim (Relações Exteriores) e Orlando Silva (Esportes).

Junto à entrada do Alvorada, vários militantes se aglomeraram, com camisas, bandeiras, buzinas e apitos, gritando: “Dilma! Dilma”. Quando Celso Amorim chegou, os militantes perguntaram até se o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia telefonado para Dilma, para cumprimentá-la. O ministro respondeu que não sabia.

Com tantas autoridades querendo participar da “festa privê”, nomes como os deputados do PC do B, Ignácio Arruda, Renato Rabelo, Vanessa Grazziotin tiveram de esperar cerca de 30 minutos para ter autorização para entrar no Alvorada.

Por conta da demora da autorização para entrar, os carros desses deputados fecharam a entrada, impedindo que outros veículos prosseguissem. O ministro Paulo Bernardo, irritado com a demora, desceu do carro e teve que andar pelo menos 300 metros até a entrada da residência oficial, junto com sua mulher, senadora Gleise Helena Hoffman e os assessores especiais Marco Aurélio Garcia e Clara Ant. Por volta de 00h10, Dilma deixou o Alvorada.



Derrotado na disputa pela Presidência da República e com bancadas parlamentares menores na Câmara e no Senado, o PSDB reagiu nos Estados e elegeu o maior número de governadores, oito, e comandará os maiores colégios eleitorais do País. Com os dois governadores eleitos pelo DEM no primeiro turno, a oposição estará à frente em dez Estados.

O resultado final das eleições mostrou que a estratégia do PSB de sacrificar a candidatura presidencial do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para investir no crescimento do partido deu certo. Dos 27 governadores, seis são do PSB, número maior do que elegeu o PMDB, cinco, partido tradicionalmente forte nos Estados. Dos 27 governadores, 13 foram reeleitos. Eles estão no mandato desde 2006 ou assumiram o cargo neste ano com a renúncia dos titulares.

Veja a seguir o mapa dos partidos no País a partir de 1º de janeiro de 2011:

PSDB: 8 governadores.

Geraldo Alckmin (SP), Antonio Anastasia (MG), Beto Richa (PR), Siqueira Campos (TO), no primeiro turno. Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Teotônio Vilela (AL) e José de Anchieta Júnior (RR), no segundo turno.

PSB: 6 governadores.

Eduardo Campos (PE), Renato Casagrande (ES), Cid Gomes (CE), no primeiro turno, Ricardo Coutinho (PB), Camilo Capiberibe (AP) e Wilson Martins (PI), no segundo turno.

PMDB: 5 governadores.

Sérgio Cabral (RJ), Silval Barbosa (MT), André Puccinelli (MS), Roseana Sarney (MA), no primeiro turno, e Confucio Moura, no segundo.

PT: 5 governadores.

Tarso Genro (RS), Jaques Wagner (BA), Marcelo Déda (SE), Tião Viana (AC), no primeiro turno, e Agnelo Queiroz (DF), no segundo.

DEM: 2 governadores.

Raimundo Colombo (SC) e Rosalba Ciarlini (RN), no primeiro turno.

PMN:
 Omar Aziz (AM), no primeiro turno.

Foram reeleitos: Jaques Wagner (PT-BA), Cid Gomes (PSB-CE), Roseana Sarney (PMDB-MA), André Puccinelli (PMDB-MS), Eduardo Campos (PSB-PE), Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Marcelo Déda (PT-SE), José de Anchieta Júnior (PSDB-RR), Teotônio Vilela (PSDB-AL), Omar Aziz (PMN-AM), Silval Barbosa (PMDB-MT), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Wilson Martins (PSB-PI).

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Fonte:
O Estado de S. Paulo

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