Brasil e China firmam parceria para investimentos e trabalhos em organismos geneticamente modificados

Publicado em 10/11/2010 07:22
Biotecnologia voltada ao setor agrícola foi tema destaque de reunião entre técnicos dos ministérios da Agricultura dos dois países.
Os governos do Brasil e da China vão firmar parcerias para desenvolver a pesquisa em Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e ampliar investimentos no comércio agropecuário. As decisões foram tomadas durante a 2ª reunião do Sub-Comitê de Agricultura da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban) e do 3º Comitê Consultivo Agrícola (CCA), na última segunda, 8 de novembro, em Brasília.

– Brasil e China têm muitos pontos de convergência. Se trata de países em desenvolvimento com forte potencial na produção agrícola – declarou o diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Lino Colsera.

No encontro entre técnicos dos ministérios de Agricultura dos dois países, a biotecnologia voltada ao setor agrícola foi tema de destaque.

Os chineses demonstraram interesse em fortalecer a pesquisa no setor, a partir da criação de um grupo de trabalho que, anualmente, tratará do intercâmbio de informações para intensificar os estudos nos dois países. O grupo, que contará com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), terá como foco também a biotecnologia e a agroenergia.

Para o diretor-geral de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura da China, Wang Ying, países que desenvolvem produtos geneticamente modificados têm mais poder no comércio internacional do agronegócio.

– Acredito que Brasil e China são predominantemente líderes, inclusive, na área de pesquisa – disse.

A opinião foi compartilhada pelo coordenador de Biossegurança do Ministério da Agricultura do Brasil, Marcus Vinícius Coelho.

– As duas nações têm grande potencial em OGM, com leis bastante seguras. Por isso, seria saudável esse intercâmbio na pesquisa, o que facilitará o desenvolvimento conjunto de novos OGM e o comércio agrícola desses produtos – afirmou.

Ying acredita que há grande possibilidade de os dois países firmarem acordos para o desenvolvimento de patentes.

Ações estratégicas para ampliar e diversificar o intercâmbio comercial também serão colocadas em prática. Um grupo de técnicos dos dois ministérios promoverá atividades com empresários brasileiros e chineses interessados em investir no agronegócio. Já em 2011, o governo chinês se comprometeu em organizar um evento para aproximar empresários dos dois países.

– Será benéfico para os governos, que estreitarão as relações comerciais, e para as companhias – garantiu Ying.

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