Lavouras de soja e milho do Rio Grande do Sul devem garantir mais renda

Publicado em 12/11/2010 09:20
Culturas de verão são favorecidas pela queda dos custos de produção e aumento de preço dos grãos.
Com os custos de produção mais baixos, lavouras de soja e milho do Rio Grande do Sul deverão ter uma rentabilidade maior na safra 2010/2011. Mas, para garantir o ganho no bolso, os produtores dependem das condições climáticas e da variação da taxa de câmbio.

Conforme levantamento anual de custos das principais culturas de verão, divulgado nessa quinta, dia 11, pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro), a safra que está sendo plantada ficará mais barata que a anterior devido ao recuo dos valores dos defensivos agrícolas – principalmente herbicidas – e de insumos básicos, como maquinários e óleo diesel. A maior rentabilidade é reforçada pela tendência favorável nos preços dos grãos, influenciada pela redução dos estoques mundiais de grãos.

Após amargar duas safras de resultados negativos, os produtores de milho deverão ter uma margem positiva de 10,7%, na comparação entre a receita bruta e o custo total de produção. Na safra passada, os prejuízos foram de 10,45% por saca.

Confirmando o bom momento, a soja promete rentabilidade ainda maior do que no ano passado. Ao preço atual praticado no mercado, R$ 42 a saca, o produtor no momento do plantio tem margem de 33,46%.

Em meio ao cenário positivo, o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, alerta para a volatilidade do dólar e para os eventuais efeitos do fenômeno La Niña, que podem gerar perda de produtividade e eliminar os ganhos de preço e redução de custos.

– Se nada mudar, nem por efeito do clima ou do câmbio, a renda maior deve se confirmar – projeta Polidoro.

Para se precaver de prejuízos gerados pela escassez de chuva nos meses de verão, a entidade recomenda o escalonamento dos períodos de plantio, a observação do zoneamento agrícola e cuidados com a cobertura do solo.

– Além disso, deve aderir ao seguro agrícola e usar variedade de sementes de ciclos diferentes – acrescenta Tarcísio Minetto, técnico da Fecoagro.

Ao contrário da soja e do milho, as lavouras de trigo seguem em situação desfavorável, não cobrindo nem os custos de produção – isso porque o cereal foi plantado ainda quando os preços dos fertilizantes e maquinários estavam elevados. A diferença entre o custo total e o preço de mercado indica um prejuízo de 33,61% nesta safra.

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Fonte:
Zero Hora

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