MT recebeu R$ 2,5 bilhões em crédito rural
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que acesso burocrático ao crédito oficial inibe a adesão dos pecuaristas. Ele afirma ainda que as exigências das instituições bancárias para conceder o recurso não condizem com realidade do produtor. "Os pecuaristas não sabem como desburocratizar esse processo e acabam tendo que contratar empresas especializadas para fazer a negociação junto ao banco".
Ele acrescenta que o setor necessita que prazo e juros na liberação dos créditos acompanhe a condição financeira do produtor. "Por exemplo, para a recuperação de pastagem o parcelamento é feito em 8 anos, considerando que o produtor, segundo pesquisas, teria condição para quitar esse débito no prazo de 13 anos". Além disso, ele afirma que as questões ambientais, motivando a insegurança jurídica, implicam diretamente na falta de adesão aos financiamentos do governo federal.
Já o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, diz que o entrave para a disponibilização dos valores esbarra na condição financeira do produtor. Ele aponta que a inadimplência no segmento inviabiliza o processo. "Os bancos não querem liberar mais crédito para quem está com dívidas ou mesmo em processo de negociação do débito".
Brasil - Dos R$ 100 bilhões previstos no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011 para o financiamento da agricultura empresarial nesta safra 2010/2011, foram contratados R$ 35 bilhões para custeio, investimento e comercialização, de julho a outubro. O resultado é 14% superior ao registrado no mesmo período da safra anterior, quando foram liberados R$ 30 bilhões, do total de R$ 93 bilhões.