Kátia Abreu destaca boa aceitação de programas brasileiros na COP 16
Kátia Abreu considerou que o governo brasileiro, ao se comprometer em reduzir as emissões de carbono, sobretudo na área da atividade agrícola, com o lançamento do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e a adoção de metas de redução de desmatamento, passou a desempenhar papel de vanguarda com relação à preservação ambiental em nível mundial.
- Reconheço que o programa ABC foi da maior importância, em Cancún, para demonstrar o objetivo e a disposição nacional do Brasil de cooperar com o mundo com relação à questão do aquecimento global - disse a senadora, lamentando a falta de participação efetiva dos países desenvolvidos na conferência.
O programa ABC prevê investimentos públicos de R$ 2 bilhões para o desenvolvimento de técnicas que aumentem a eficiência da atividade agrícola, como o plantio direto, que dispensa o revolvimento do solo com grades e arados ao fazer a semeadura na palha da cultura anterior.
Projeto Biomas
Kátia Abreu citou também, como exemplo de compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável da agricultura, o projeto Biomas, parceria entre a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Segundo ela, com a implantação do projeto Biomas em todo o país, os agricultores brasileiros - espelhando-se em fazendas modelo desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa - terão condições de aprimorar a forma de exploração da atividade rural, adotando técnicas produtivas mais eficientes, condizentes com a preservação da natureza.
Kátia Abreu citou várias notícias publicadas na imprensa internacional elogiando o Brasil pela iniciativa.
Novo Código Florestal
Defendendo a aprovação do novo Código Florestal, atualmente em tramitação na Câmara com relatoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Kátia Abreu rebateu críticas de ambientalistas. Ela alertou para o risco de o Brasil, caso siga à risca as determinações da legislação em vigor, "parar de produzir arroz e feijão para plantar reserva legal e correr o risco de ter que importar arroz e feijão de outros países que não têm reserva legal".
Em apartes, os senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) parabenizaram Kátia Abreu pelo pronunciamento.