Juros devem subir no primeiro mês de governo Dilma

Publicado em 27/12/2010 14:03 e atualizado em 27/12/2010 16:22
Copom deve elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual, avalia o mercado financeiro

O governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, deve começar com uma notícia amarga: o aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic. É o que preveem os especialistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus divulgada nesta segunda-feira.

De acordo com o levantamento, o mercado acredita que o Conselho de Política Monetária (Copom) do BC vai elevar os juros em 0,50 ponto porcentual em janeiro. Dessa forma, a Selic passará para 11,25% ao ano. Os economistas não alteraram suas previsões para o comportamento dos juros em 2010.

O mercado acredita que, após as três primeiras reuniões com Alexandre Tombini na presidência do BC, o juro chegaria em 12,25% ao ano - patamar que seria mantido até o fim de 2011. Na mesma pesquisa, a expectativa para a Selic média no decorrer de 2011 seguiu em 12,06%, ante 11,78% de um mês atrás. 

As divergências entre Dilma e o atual presidente do BC, Henrique Meirelles, em relação aos juros foram alguns dos principais motivos que motivaram a saída dele do cargo. A presidente eleita já disse que pretende reduzir a taxa real de juros (que considera as correções inflacionárias) a 2% até 2014. Atualmente, ela é de 5,8%. Para isso, é dado como certo que ela vai centralizar em torno de si todas as ações econômicas do início do governo.

Um dos objetivos de Dilma seria, inclusive, forçar a redução nas taxas de juros logo na primeira reunião do Copom – ação que o mercado financeiro coloca em dúvida, de acordo com a Focus.

Inflação – Ainda segundo o boletim Focus, O mercado elevou a estimativa de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano a 5,90% ante 5,88% na semana anterior e aumentou a estimativa para 2011 a 5,31% contra 5,29%.

A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 permaneceu em 7,61% e, para 2011, foi mantida em 4,5%. O prognóstico para o câmbio no fim de 2010 foi mantido em 1,70 real. Já para 2011, permaneceu em 1,75 real.

(Com agências Reuters e Estado)

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V eja.com

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