Heinze considera nomeação do presidente do Irga ato antidemocrático
Conselheiro do Irga na década de 80, Heinze destaca que a norma foi aprovada na Assembléia Legislativa no final do ano passado, após mais de 20 anos de reivindicações do setor para que houvesse eleição direta para a presidência do instituto. Em novembro, os conselheiros foram às urnas para eleger uma lista tríplice para o cargo máximo da autarquia e no dia 7 de dezembro a ex-governadora Yeda Crusius empossou o engenheiro Maurício Fischer como primeiro presidente eleito do órgão. “Trabalhamos muito para democratizar o processo de escolha do comandante do Irga agora o governador Tarso simplesmente passa por cima da decisão democrática. Isso é inaceitável”, afirma.
Com arrecadação superior a R$ 50 milhões anualmente, o Irga, segundo Heinze, já passou por diversas crises com comprometimento patrimonial devido a interesses políticos. “É um órgão mantido pela taxa CDO que é paga pelos produtores rurais e não pode servir de cabide de empregos. Muitos governadores já se utilizaram, inclusive, do patrimônio construído pelos produtores para promoção política. O arroz é a atividade econômica que mais gera empregos e riquezas para a metade sul do estado e precisa ser tratada por técnicos e não por apadrinhados políticos que não tem relação com a classe”, garante.
DIREITO A VOTO: O Conselho Deliberativo do Irga é formado por um representante de cada município que colhe mais de 200 mil sacas de arroz por ano. São 76 produtores de arroz participantes. O grupo conta ainda com quatro lideranças da indústria e comércio, totalizando 80 conselheiros.