Heinze considera nomeação do presidente do Irga ato antidemocrático

Publicado em 07/01/2011 06:28
O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), um dos líderes da orizicultura gaúcha, lamenta a decisão liminar do Desembargador Vicente Barroco de Vasconcellos, do Tribunal de Justiça, que suspendeu na última quinta-feira (30-12), a pedido do governador Tarso Genro, a vigência da Lei Estadual nº 13.532/10, que concedeu ao Conselho Deliberativo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) o direito de escolher sua diretoria por meio de votação direta. O deputado também condenou o ato do governo gaúcho de nomear o novo presidente da entidade sem levar em conta o desejo dos orizicultores.

Conselheiro do Irga na década de 80, Heinze destaca que a norma foi aprovada na Assembléia Legislativa no final do ano passado, após mais de 20 anos de reivindicações do setor para que houvesse eleição direta para a presidência do instituto. Em novembro, os conselheiros foram às urnas para eleger uma lista tríplice para o cargo máximo da autarquia e no dia 7 de dezembro a ex-governadora Yeda Crusius empossou o engenheiro Maurício Fischer como primeiro presidente eleito do órgão. “Trabalhamos muito para democratizar o processo de escolha do comandante do Irga agora o governador Tarso simplesmente passa por cima da decisão democrática. Isso é inaceitável”, afirma.

Com arrecadação superior a R$ 50 milhões anualmente, o Irga, segundo Heinze, já passou por diversas crises com comprometimento patrimonial devido a interesses políticos. “É um órgão mantido pela taxa CDO que é paga pelos produtores rurais e não pode servir de cabide de empregos. Muitos governadores já se utilizaram, inclusive, do patrimônio construído pelos produtores para promoção política. O arroz é a atividade econômica que mais gera empregos e riquezas para a metade sul do estado e precisa ser tratada por técnicos e não por apadrinhados políticos que não tem relação com a classe”, garante.

DIREITO A VOTO: O Conselho Deliberativo do Irga é formado por um representante de cada município que colhe mais de 200 mil sacas de arroz por ano. São 76 produtores de arroz participantes. O grupo conta ainda com quatro lideranças da indústria e comércio, totalizando 80 conselheiros.

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Fonte:
Dep. Luis Carlos Heinze.com

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