Alemanha defende exportação de seus alimentos após caso das dioxinas

Publicado em 10/01/2011 08:12
O Ministério da Agricultura da Alemanha garantiu neste domingo que não existe nenhum motivo para importar alimentos alemães por causa da contaminação por dioxinas, que obrigou a fechar mais de 5 mil explorações avícolas e suínas do país.

"Queremos deixar claro que em nenhum momento houve nenhum risco à saúde procedente das exportações alemãs", assinalou um porta-voz ministerial em Berlim.

Esta declaração do Ministério federal de Agricultura se produz depois que Eslováquia, membro da União Europeia (UE), e Coreia do Sul paralisassem importações alemãs.

No caso eslovaco, a suspensão se refere a ovos e produtos de carnes procedentes de aves, e no sul-coreano, a produtos derivados do porco.

"Alemanha está em sintonia em uma estreita troca de comunicação com a Comissão Europeia (UE)", acrescentou.

O Ministério estimou que a Comissão Europeia confirmou a eficácia das medidas de segurança da Alemanha.

As organizações de consumidores alemães Foodwatch acusou neste domingo o Governo de Angela Merkel de graves erros no escândalo de contaminação por dioxinas e de atuar em benefício dos interesses da indústria alimentícia.

Em declarações publicadas no site do jornal "Saarbrücker Zeitung", Thilo Bode, ex-diretor do Greenpeace na Alemanha, garantiu que "o Governo federal tem uma estratégia de exportação muito clara para os produtos de carnes" e por isso não tem nenhum interesse em endurecer os controles sobre a indústria alimentícia.

Para o dirigente de Foodwatch, o atual escândalo de contaminação por dioxinas é só "a ponta do iceberg".

"Cerca de 80% da taxa de dioxinas considerada tolerável na população pela Organização Mundial da Saúde (OMS) procede dos alimentos", assinalou Bode.

Este defensor dos consumidores acrescentou que muitas das coisas que antes acabavam em uma incineradora agora terminam na indústria alimentícia.

Fonte: EFE

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