Crédito Agrícola: Volume foi de R$ 4 bi no MT
Mato Grosso é o 7º estado que mais emprestou crédito oficial. A liderança ficou com o Rio Grande do Sul, com R$13,6 bilhões. Do volume foram utilizados no Estado R$ 2,885 bilhões para financiar o custeio da produção, representando 23,5% do que foi liberado em 2009, de R$ 2,336 bilhões. Outros R$ 1,414 bilhão foram concedidos para o financiamento de investimentos e R$ 363,2 milhões para a comercialização.
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, ressalta que o acesso aos recursos ainda está burocrático. A dificuldade de conseguir o crédito oficial inibe a adesão dos pecuaristas. Ele volta a afirmar que as exigências das instituições bancárias para conceder o recurso não condizem com a realidade do produtor quanto ao prazo para pagamento.
Além disso, acrescenta que a insegurança jurídica gerada pela questão ambiental também é responsável pela falta de interesse dos pecuaristas aos financiamentos concedidos pelo governo federal. Vacari ainda ressalta que o produtor não tem o hábito de tomar crédito emprestado. "Não há linhas de financiamento que atendam por completo a necessidade".
Já o diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, explica que o setor agrícola está com dificuldade de retirar o crédito porque possui dívidas antigas. Ele aponta ainda que o crédito disponível é insuficiente para atender a demanda de Mato Grosso. "A produção é custeada pela iniciativa privada e pelos recursos do próprio produtor".
Brasil - Dos recursos disponíveis pelo governo federal no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011 para financiar a agricultura empresarial, cerca de R$ 50,8 bilhões foram contratados no acumulado de julho a dezembro de 2010, o que representa crescimento de 18,6% em relação ao mesmo período no ano anterior. Foram aplicados no setor agroindustrial R$ 4,6 bilhões. As aplicações em financiamento de investimentos e capital de giro do setor cooperativista atingiram R$ 3,8 bilhões. As aplicações nos programas destinados ao custeio e à comercialização, a juros fixos de 6,75% ao ano, ultrapassaram R$ 30 bilhões.
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