Conseleite: Indústrias de laticínios criam conselho para regularizar tabela do leite em MS

Publicado em 15/02/2011 06:39
Após um ano de intensas reuniões, as indústrias de laticínios e os produtores rurais oficializaram o Conseleite-MS (Conselho Paritário entre Produtores de Leite e Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul), que pretende eliminar os conflitos existentes nos elos da cadeia produtiva e criar valores de referência para o litro do leite.

De acordo com Edgar Rodrigues Pereira, presidente do Conseleite-MS, a tabela com os valores de referência terá o valor cobrado pelo litro de leite no mês em curso e uma previsão para o próximo. “A tabela não visa estabelecer o preço do produto, pois, cada indústria tem o seu mix, sendo apenas uma referência”, declarou.

Os custos de fabricação e comercialização dos derivados foram calculados com base em levantamento censitário realizado em todas as empresas participantes. O levantamento dos dados considerou um período de 12 meses e foi o mesmo do custo agrícola.

Edgar Pereira acrescenta que o Conseleite-MS vai realizar reuniões técnicas regionais com produtores e representantes de indústrias para divulgar as ações do Conselho e distribuir a tabela. “Com esses encontros, a atividade também será fomentada e os produtores passarão a investir mais na qualidade da sua produção”, disse.

Mato Grosso do Sul produz cerca de 1,3 milhão de litros de leite por dia, alcançando expressivos 500 milhões de litros por ano. Cerca de 30% dessa produção é enviada para fora do Estado in natura, enquanto os outros 70% são processados pelas 85 indústrias lácteas que produzem um mix de 20 produtos. A produção da indústria láctea estadual é destinada para o consumo interno e também para abastece parte dos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais.

Para a estruturação do Conseleite-MS, os envolvidos no trabalho buscaram a expertise da UFPR (Universidade Federal do Paraná), que desenvolveu a metodologia para implantação do Conselho naquele Estado, sendo que a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) também está envolvida no trabalho, além do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul), Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado) e Seprotur.

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Fonte:
Campo Grande News

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