Argentina barra US$ 125 milhões em importações de máquinas agrícolas brasileiras
O cálculo do prejuízo é da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), tendo por base equipamentos prontos há mais de 60 dias – pelas normas internacionais, prazo máximo para a licença de importação. As máquinas – 300 colheitadeiras e 700 tratores – deveriam abastecer as concessionárias de fabricantes brasileiros no país vizinho, principal comprador desse segmento. No ano passado, as exportações do Brasil para a Argentina somaram US$ 270 milhões.
Sob a alegação de proteger a indústria local, os argentinos exigem – em determinados segmentos – que o valor importado seja compensado por exportação equivalente. Como a indústria de máquinas agrícolas brasileira é muito maior – de 80% a 85% do mercado argentino –, a compensação é difícil.
— O impasse precisa ser resolvido logo porque, depois da safra colhida, o produtor não vai comprar máquina nova este ano — afirma o vice-presidente da Anfavea, Milton Rego.
Flavio Schirmann Formigueiro - RS
Medida muito correta do governo argentino pois o Brasil está subsidiando a venda destes equipamentos com isençoes descabidas, prejudicando a indústria argentina e o produtor rural brasileiro, que tem que pagar altos tributos na compra desta mesmas máquinas agrícolas, encarecendo seu custo de produção e tirando-lhe a competitividade externa... A entrada destas máquinas nos países do Mercosul, faz muito tempo, deveriam ser sobretaxas como salvaguarda antidamping, a não ser que eles queiram ficar na dependência tecnológica das multinacionais brasileiras...