Safra anima pequeno agricultor da PB

Publicado em 28/03/2011 08:44
Mas a falta de chuva preocupa o produtor de Pernambuco. O Globo Rural acompanhou a situação nos dois estados nordestinos.
O pequeno agricultor do sertão da Paraíba está feliz com a boa safra. Já em Pernambuco, o produtor se preocupa com a falta de chuva. O Globo Rural visitou os dois estados para verificar o andamento das lavouras.

No distrito de Cristália, na zona rural de Petrolina, em Pernambuco, vivem cerca de 350 famílias. A maioria tem nas culturas do milho, feijão e mandioca a única fonte de renda. O plantio é voltado principalmente para a subsistência.

O agricultor Pedro Evaldário Pereira tem três hectares de milho. Em 2010, colheu pouco mais de 400 quilos. A primeira safra deste ano ainda não aconteceu. A chuva que tem caído na região não é suficiente, mas ele acredita que até abril tudo melhore: “Está bem encaminhado. Se chover e der para colher, vamos recuperar a perda do ano passado”.

O que está salvando a renda do agricultor é a mandioca plantada no ano passado. A planta é mais resistente à seca.

“A mandioca é uma cultura que tem a capacidade de armazenar umidade nas raízes”, explica João Tomaz de Araújo, técnico agrícola do IPA.

Os dois hectares plantados de mandioca sustentam 20 famílias que vivem em dois assentamentos na zona rural de Petrolina. O agricultor João Bosco já começou a colher. “A mandioca é benefício de renda pra gente. Fazemos farinha, goma de tapioca e serve de alimento para os bichos no tempo da seca”.

O agricultor Jacodemes Garrido foi esperto, confiou nas previsões de um bom período de chuva para o sertão da Paraíba e se deu bem. Ele já começou a colheita do feijão e do milho nos três hectares que ficam na zona rural de Sousa. Graças às chuvas regulares nos primeiros meses do ano, a plantação se desenvolveu rápido e já é possível ver os lucros da boa safra. “Estamos colhendo e vendendo em grosso e em asfalto”.

A espiga é vendida por R$ 0,35 cada. Por R$ 1,00 eles vendem o milho cozido ou assado.

Segundo a Emater, a área plantada de milho e feijão na região de Sousa e de outros 11 municípios superou os cinco mil hectares. O resultado foi bem melhor em relação ao ano passado.

O agricultor Francisco Carlos da Silva já tem planos de colher a segunda safra se as chuvas continuarem boas. “Se der mais no mês das chuvas pra frente, a gente tira outra safra. Muitos aqui vão tirar duas plantações. É maravilhoso”.

Segundo a Conab, a safra total de milho no Nordeste deverá ter crescimento de 32% em comparação com o ano passado. A de feijão deverá aumentar 45,5%.

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Fonte:
Globo Rural

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