RS quer ampliar consumo de feijão e arroz

Publicado em 04/04/2011 07:35
Programa vai ressaltar as qualidades de duas das principais culturas agrícolas do Rio Grande do Sul.
O governo do Estado vai buscar, na reeducação alimentar, o estímulo para incentivar a ampliação do consumo do feijão e do arroz, duas das principais culturas agrícolas do Rio Grande do Sul, não só pelo que movimentam na economia, mas especialmente pelo aspecto social. O anúncio foi feito no sábado, em Sobradinho, pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, durante o lançamento do programa Feijão com Arroz, na abertura da 14ª Festa Estadual do Feijão.

“Estamos preparando um programa consistente, que produza resultados duradouros, baseado na reeducação alimentar e no resgate do prato símbolo do povo brasileiro, ressaltando as qualidades nutricionais e funcionais do feijão e do arroz”, explicou o secretário. Também deve fazer parte do programa a inserção dos órgãos de pesquisa, como a Fepagro, desafiada por Mainardi a produzir novas variedades do feijão, buscando um produto mais fácil de cozinhar e com capacidade para ser consumido em até seis meses, mantendo as características do grão recém-colhido.

Na opinião do secretário, o feijão, especialmente na região Centro-Serra, poderá voltar a ocupar área semelhante a que era utilizada há 20 anos. Naquela época eram cerca de 12 mil hectares plantados. Hoje, com a ampliação da lavoura do fumo e do desestímulo dos produtores, não chega a oito mil hectares. “O feijão pode ser alternativa para a reconversão produtiva, especialmente neste momento em que o mundo discute restrições ao plantio do fumo”, antecipou Mainardi.

O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, também produtor de feijão, destacou o momento histórico para aquela lavoura e a sua importância social, na medida em que é grande geradora de empregos.

De acordo com o IBGE, de 2003 a 2009 os brasileiros reduziram o consumo do feijão e do arroz. Nestes seis anos, o consumo médio anual per capita de arroz caiu de 24,6 quilos para 14,6 quilos, uma queda de 41%. No feijão a redução foi menor, caindo de 12,4 quilos para 9,1 quilos, representando uma diminuição de 27%. Os números preocupam, especialmente no caso do arroz, em que a cada safra há excedente entre o que é produzido e o que é comercializado, o que provoca queda nos preços.

Também faz parte do programa a organização da cadeia produtiva do feijão no Estado, o 10º maior produtor do País. Nesta safra, o Rio Grande do Sul deve colher cerca de 120 mil toneladas numa área plantada de 100 mil hectares. Por isso, também no sábado, foi criada a Associação dos Produtores de Feijão do Rio Grande (Aprofeijão), que será presidida pelo produtor Tarcisio Ceretta, de Sobradinho.

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Fonte:
Jornal do Comércio

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