Economia brasileira fecha a semana com visíveis sinais de desordem
O governo até que vem tentando segurar o dólar,
implementando medidas que ele chama de macroprudenciais, na verdade uma série
de ações de caráter recessivo, porque a idéia é garrotear o acelerado
crescimento da economia e com isto conter a inflação (IPCA de 6,3% no
acumulado de 12 meses) e como conseqüência segurar o dólar.
. As sucessivas medidas tomadas pelas autoridades monetárias (juros mais altos, prazos mais curtos, IOF em alta bruta), não conseguiram e não conseguem conter a disparada da inflação e em consequência não conseguem impedir a valorização do real, o que favorece as importações e entradas de capitais, mas ao mesmo tempo produz emissão de reais e derruba as exportações.
. Além das medidas macroprudenciais, o governo teria que utilizar uma política fiscal restritivíssima, contendo brutalmente seus gastos e investimentos, o que reluta em fazer.
. O controle do câmbio não ocorre de modo
decisivo. É por isto que o dólar despenca a olhos vistos. No meio da tarde
desta sexta-feira, a cotação do dólar estava em R$ 1,574, em queda de 0,63%. O
valor é o menor desde 4 de agosto de 2008. E as previsões:
- No mercado futuro, o contrato de maio negociado na BM&F ofereceu cenário ainda pior (queda de 0,81% e cotação de R$ 1,576).
- O Dollar Index futuro (seis moedas rivais) recua do mesmo modo. Nesta sexta, caiu 0,7!5. O euro chegou a subir 0,86% gente ao dólar, valendo US$ 1,44.
Dólar a R$ 1,50 ? Já há quem aposte nisto.
O cenário preocupante da economia não é nada otimista para o governo Dilma Roussef, que está apenas começando. Já se fala abertamente em dólar a R$ 1,50, o que somente ocorrerá se o governo não conseguir reduzir o ritmo de crescimento econômico acelerado e com isto conter a alta generalizada dos preços.