Produção de biodiesel já necessita de 10 milhões de toneladas de soja ao ano
Pelo menos 10 milhões de toneladas de soja serão destinados à produção de biodiesel neste ano.
A produção nacional de soja em grão é de 71 milhões de toneladas e o produto é responsável por 83% do volume de biodiesel do país.
A moagem de soja destinada ao biodiesel deverá render 1,9 milhão de toneladas de óleo. Os dados são da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).
O consumo de biodiesel continua crescendo e muitas empresas estão ajustando sua frota para a utilização desse combustível em maior volume.
Algumas empresas começam a testar a mistura de 25% de biodiesel em locomotivas, diz Daniel Amaral, economista da Abiove.
Essas empresas se preparam para o aumento da oferta de biodiesel proveniente de outras fontes mais econômicas, como o óleo de palma, segundo o economista.
O avanço da utilização da soja no biodiesel, mais a aceleração da economia, deve elevar a moagem da oleaginosa para 36 milhões de toneladas na safra 2011/12, segundo a Abiove.
A entidade reviu a produção nacional de soja para 71,1 milhões de toneladas, elevando também as exportações para 32,4 milhões, 11% mais do que no ano anterior.
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Soja financeiraO novo contrato futuro de soja com liquidação financeira da BM&FBovespa, lançado em janeiro, tomou fôlego e negociou 4.200 contratos neste mês. A soja com entrega física negociou metade desse volume.
MigraçãoO mercado sinaliza uma migração do mercado físico para o financeiro. Já são nove os vencimentos desse novo contrato futuro, que passa a ser o quarto derivativo agropecuário da Bolsa com liquidação financeira.
Sem pressãoOs produtos agrícolas caíram 0,25% neste mês, conforme o Índice de Preços por Atacado do IGP-M. A alta acumulada em 12 meses continua elevada, atingindo 25,34%.
Mais receitasO complexo soja deverá render ainda mais do que se previa neste ano. Os dados mais recentes da Abiove indicam receitas de US$ 22,6 bilhões. A soja em grão renderá US$ 15,6 bilhões e o farelo, US$ 5,4 bilhões.
Mesmo sem leilões, país deverá exportar milho
Mesmo com o câmbio desfavorável, as exportações brasileiras de milho cresceram no ano passado. A ajuda do governo, promovendo leilões que auxiliaram o envio do milho das principais regiões produtoras para os portos de escoamento, foi fundamental. O país conseguiu exportar o recorde de 11 milhões de toneladas.
O câmbio não teve grandes mudanças e os problemas logísticos continuam, mas o país poderá exportar milho mesmo sem os leilões do governo, devido aos preços do produto, segundo a AgRural, de Curitiba (PR). Na avaliação da consultoria, o país vai ter de exportar uma quantidade considerável, devido ao aumento de área na safrinha.