Grãos: Produção mato-grossense está 6% maior, segundo dados Conab
Se a produção for confirmada, o Estado será responsável por 19% do total nacional desta safra. Conforme a Conab, o Brasil também estará colhendo safra recorde, 159,50 milhões t, volume 6,9% acima do obtido no ciclo anterior. (Veja quadro ao lado)
Apesar do volume histórico, Mato Grosso segue em segundo lugar no ranking dos maiores produtores nacionais de grãos. A liderança permanece com o Paraná, cuja produção deverá ultrapassar 32 milhões de toneladas.
Na vanguarda das exportações do agronegócio, a soja atinge o volume de 20,41 milhões de toneladas colhidas, representando crescimento de 8,76 na comparação com o ciclo anterior e 27,73% da produção total da oleaginosa que será oferta no país, prevista em 73,60 milhões t. Na safra passada, a produção foi de 18,67 milhões de toneladas. Já a área plantada teve incremento de 2,79%, evoluindo para 6,39 milhões de hectares, contra 6,22 milhões/ha em 09/10.
O destaque da safra 10/11, contudo, fica por conta do algodão, que registrou crescimento de 79,26%. A produção passou de 583,5 mil toneladas de pluma, para 1,04 milhão/t nesta safra. A área cultivada teve expansão de 69,01%, saindo de 428,1 mil/ha para 723,7 mil/ha. Em Mato Grosso, o crescimento na área plantada de algodão ocorreu principalmente no plantio de primeira safra.
Já o milho confirmará produção de 7,41 milhões de toneladas, queda de 8,69% em relação ao ciclo anterior (8,11 milhões de toneladas). A área apresenta queda de 5,98%, recuando de 1,99 milhão/ha para 1,87 milhão/ha. De acordo com a Conab, a safrinha de milho começou a ser semeada no início de janeiro, em concorrência direta com o algodão segunda safra.
Cultura em decadência nos últimos anos, o arroz deverá praticamente manter a produção este ano (740 mil/t) com a do ciclo passado (742,7 milhões), recuo de 0,27%. A área plantada, entretanto, terá uma redução maior (-2,60%), conseqüência da falta de estímulo ao produtor e dos baixos preços no final da safra 09/10.
De acordo com avaliação da Conab, O mês de abril foi marcado pela redução das chuvas em quase toda a região central do Brasil, em especial sobre as regiões Centro-Oeste e Sudeste. Essa condição favoreceu a fase final da colheita da soja e foi prejudicial ao desenvolvimento do milho 2ª safra e do algodão. Em Mato Grosso, as regiões que estão apresentando maior déficit hídrico são o Médio Norte e o Nordeste do Estado, onde boa parte das safrinhas de milho e algodão encontram-se em floração - período extremamente sensível à escassez de água.
Por conta do atraso na colheita da soja e o excesso de chuvas durante o período de semeadura, boa parte da lavoura de milho foi estabelecida fora do período ideal recomendado para plantio, ficando comprometida a produtividade desta parcela.