Temer afirma que Planalto espera votação do Código Florestal até o dia 25

Publicado em 14/05/2011 09:29 e atualizado em 14/05/2011 19:37


O governo federal insistirá em um acordo para aprovação no Congresso das mudanças no Código Florestal, mesmo que isso arraste a decisão por mais duas semanas, até o dia 25. “Será complicado votar na próxima quarta-feira. Com uma semana a mais conseguiremos votar, sem necessidade de nenhuma atitude mais drástica”, afirmou o vice-presidente Michel Temer, em São Paulo. “O governo está empenhado em obter um acordo que satisfaça ambientalistas e produtores rurais.”

A repercussão internacional do impasse preocupa a Presidência. “O tema é polêmico. É natural que haja discussão e até uma certa radicalização, mas tenho certeza de que tudo vai se acertar. Um grande acordo é mais útil para o país por conta das repercussões internacionais”, afirmou Temer.

A votação em plenário estava prevista para a última quarta-feira, mas acabou adiada por falta de consenso. Líderes da base aliada reclamaram da interferência do governo. “Se não houver acordo, vamos paraa  votação em plenário”, destacou o vice-presidente. Em um evento em São Paulo, também nesta sexta, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), garantiu que o teto será votado nas róximas semanas e minimizou as reclamações. "Temos que ponderar as coisas ditas no calor do debate. A maioria queria votar e o governo entendeu que aquele momento não era propício porque daria vazão a muitas discussões", comentou.

Vaccarezza reconheceu que o rompimento do acordo entre líderes em torno da votação do Código Florestal poderá prejudicar as relações dentro do Congresso, mas o governo tentará evitar a disidência. "Vamos conquistá-los [os dissidentes] e não iremos aceitar a declaração de guerra da oposição", enfatizou. O líder também descartou a hipótese de crise entre governistas da Câmara. "Fica arrogante eu dizer que a base está muito forte, mas se alguém está frágil não é a base", ironizou.

Saúde de Dilma - Questionado sobre o estado de saúde da presidente Dilma Rousseff, que cancelou uma viagem ao Paraguai por estar com pneumonia, Temer disse que ela parece bem. “Eu a vi anteontem e ela estava com uma aparência muito boa”, disse. “Mas ela tem de descansar. Passou dez dias mudando o fuso horário, em viagem à China, e não descansou um dia sequer. Acaba acontecendo isso: gripe forte.”

Depois de Lula, agora é Vaccarezza, um político médico, quem assegura que Dilma está bem

Os petistas precisam pôr um fim a comportamentos suspeitos. Ontem, foi Lula quem decidiu assegurar que tudo vai bem com a saúde da presidente Dilma Rousseff. É médico por acaso? Não é! Hoje foi a vez de o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, fazer o mesmo. É medico por acaso? É, sim! Mas falou como político. Um político médico ou um médico político, sei lá eu.

O líder petista, parece, é íntimo da medicina, mas talvez nem tanto das palavras e de suas conexões com a lógica. Leiam isto:
“A presidente é muito transparente. Quando ela teve um câncer e foi tratar, ela disse que teve um câncer, foi se tratar e ficou bem. Agora, ela teve uma pneumonia e disse que estava com uma pneumonia. Por isso reduziu a carga de trabalho.”

Certo!

Por isso mesmo ninguém fala melhor por Dilma do que a própria Dilma e as pessoas qualificadas para tanto. Vaccarezza não deve ter-se dado conta de que, naquele tempo a que ele se refere, ela era apenas uma candidata; agora, trata-se da presidente da República.

A depender de quem fala, em vez de eliminar as suspeitas, elas apenas aumentam.

Por Reinaldo Azevedo
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Veja.com.br

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