Líder do PT: "Talvez seja a hora de Palocci falar"

Publicado em 02/06/2011 11:34
Logo depois de a base governista conseguir a suspensão da convocação do ministro Antonio Palocci, o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), avalia que o chefe da Casa Civil deverá vir a público tratar do aumento de seu patrimônio. "Talvez seja a hora de Palocci falar", pondera.
A oposição quer que Palocci explique na Câmara as atividades de consultoria que prestou enquanto ainda era deputado, entre 2006 e 2010. Para Teixeira, o ministro não deve mais justificativas, mas se beneficiaria se viesse a público tratar do assunto. "Ele já tem dado as explicações necessárias à Procuradoria Geral da República", argumenta.

A avaliação do líder petista não é isolada entre os governistas. Nesta quarta-feira (1º), o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) também declarou que Palocci deve se explicar publicamente, mas avaliou que seria melhor esperar um posicionamento da Procuradoria.

Logo na manhã desta quarta, a oposição conseguiu aprovar a convocação de Palocci na Comissão de Agricultura. Mais tarde, os governistas apresentaram uma questão de ordem e o presidente Marco Maia suspendeu a convocação até a próxima terça (7), quando tomará uma decisão definitiva.

Para Teixeira, a convocação foi "um atropelo ao regimento". Os governistas afirmam que não foram respeitadas as orientações de bancada.
- A minoria combinou um roteiro, eles combinaram que não precisava se preocupar com a votação nominal e, em sete segundos, encerrou-se a discussão.

Na avaliação do líder do PT, "a corrente de forças não é favorável à convocação de Palocci na Câmara". A situação é mais tensa, porém, no Senado, onde alguns aliados do PMDB ameaçam apoiar a criação de uma CPI para investigar o ministro da Casa Civil.

PMDB é "irrestritamente a favor" de Palocci, afirma líder

Na semana seguinte à ríspida discussão entre o vice-presidente, Michel Temer, e o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, os cardeais do PMDB andam mais paloccistas que os próprios petistas. Enquanto os deputados do PT começam a defender os esclarecimentos públicos do ministro sobre a evolução do seu patrimônio, o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves, se posiciona contra a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e o emparedamento de Palocci.

- O PMDB é irrestritamente a favor do Palocci. Os esclarecimentos que ele tem de prestar foram encaminhados ao Ministério Público, ao procurador-geral, doutor Roberto Gurgel. Achamos Palocci importante para o governo, pela sua experiência, pela sua competência. É imprescindível ao governo Dilma. Essa é a posição clara do PMDB.

Os deputados petistas Marco Maia, Paulo Teixeira e Walter Pinheiro já defenderam as explicações públicas do ministro, ainda que não embarquem na cogitação de uma CPI. Nesta quarta-feira (1°), Maia, presidente da Câmara, suspendeu até a próxima terça-feira a convocação do ministro, aprovada na Comissão de Agricultura.

O crescimento da crise não desanima Henrique Eduardo Alves, que enfatiza: o PMDB permanece contrário a qualquer CPI para investigar a evolução patrimonial do chefe da Casa Civil. E nem defende explicações mais detalhadas sobre as consultorias da empresa Projeto.

- Não aguarda. É inteiramente contra. A CPI tem que ter objeto claro e definido. Não é denúncia que se faça quando a defesa foi feita. Vamos aguardar a manifestação satisfatória do procurador-geral. É uma jogada política da oposição, eles estão sem bandeira e se apegam a isso. Vamos reagir.

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Fonte:
Terra Magazine

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