Rebaixamento de nota portuguesa derruba bolsas europeias

Publicado em 06/07/2011 08:06
Mercado europeu inicia quarta-feira em queda após temor de ampliação da crise do euro
As Bolsas europeias não reagiram bem ao rebaixamento da nota de Portugal, anunciada ontem pela agência de classificação de risco Moody's.

Nesta quarta-feira, a maior parte do mercado europeu começou as operações do dia em baixa. Em Portugal, a Bolsa de Valores de Lisboa registrou uma retração de 2% em sua abertura. O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu em queda de 0,12% nesta quarta-feira, aos 6.016,94 pontos. O indicador principal da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, iniciou o pregão com queda de 0,47%, aos 20.182,70 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All-Share descia 0,42%, aos 20.895,45 pontos. Em Madri, o índice Ibex apontava perdas de 0,60% em sua abertura. Situação de queda também em Paris, cujo índice principal, o CAC, apresentou nesta quarta-feira retração de 0,12%, aos 3.974,24 pontos.

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Portugal deve realizar nesta quarta-feira uma emissão de títulos avaliada em até 1 milhão de euros, com o objetivo de aumentar sua capitalização em curto prazo. Trata-se da primeira emissão do terceiro trimestre - o país estima negociar 6,7 milhões de euros até setembro.

Rebaixamento - Em comunicado, a agência Moody's justifica o rebaixamento da nota como uma resposta às crescentes preocupações de que o país ibérico não cumpra totalmente as metas de redução e estabilização de dívida estabelecidas em seu acordo de crédito com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Moody's rebaixa nota da dívida de Portugal

Agência justificou corte dizendo que há chances de o país precisar de novo financiamento oficial

Moody's: Portugal pode não cumprir metas de redução da dívida (Stockbyte)

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta terça-feira a nota de crédito soberano de Portugal em quatro níveis, para "Ba2", colocando o país em território especulativo – classificação que engloba nações com grau de risco mediano, inclusiva algumas que já declaram moratória de suas dívidas.

A agência justificou a medida dizendo que há um grande risco de Lisboa precisar de uma segunda rodada de financiamento oficial antes de retornar aos mercados privados de capital.

Em comunicado, a agência também cita "as preocupações elevadas de que Portugal não cumpra totalmente as metas de redução e estabilização de dívida estabelecidas em seu acordo de crédito com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), devido aos desafios formidáveis que o país enfrenta na redução dos gastos, na diminuição da evasão de impostos, na recuperação do crescimento econômico e no apoio ao sistema bancário".

Fonte: veja.com.br

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