Rebaixamento de nota portuguesa derruba bolsas europeias
Nesta quarta-feira, a maior parte do mercado europeu começou as operações do dia em baixa. Em Portugal, a Bolsa de Valores de Lisboa registrou uma retração de 2% em sua abertura. O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu em queda de 0,12% nesta quarta-feira, aos 6.016,94 pontos. O indicador principal da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, iniciou o pregão com queda de 0,47%, aos 20.182,70 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All-Share descia 0,42%, aos 20.895,45 pontos. Em Madri, o índice Ibex apontava perdas de 0,60% em sua abertura. Situação de queda também em Paris, cujo índice principal, o CAC, apresentou nesta quarta-feira retração de 0,12%, aos 3.974,24 pontos.
Portugal deve realizar nesta quarta-feira uma emissão de títulos avaliada em até 1 milhão de euros, com o objetivo de aumentar sua capitalização em curto prazo. Trata-se da primeira emissão do terceiro trimestre - o país estima negociar 6,7 milhões de euros até setembro.
Rebaixamento - Em comunicado, a agência Moody's justifica o rebaixamento da nota como uma resposta às crescentes preocupações de que o país ibérico não cumpra totalmente as metas de redução e estabilização de dívida estabelecidas em seu acordo de crédito com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Moody's rebaixa nota da dívida de Portugal
Agência justificou corte dizendo que há chances de o país precisar de novo financiamento oficial
Moody's: Portugal pode não cumprir metas de redução da dívida (Stockbyte)
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta terça-feira a nota de crédito soberano de Portugal em quatro níveis, para "Ba2", colocando o país em território especulativo – classificação que engloba nações com grau de risco mediano, inclusiva algumas que já declaram moratória de suas dívidas.
A agência justificou a medida dizendo que há um grande risco de Lisboa precisar de uma segunda rodada de financiamento oficial antes de retornar aos mercados privados de capital.
Em comunicado, a agência também cita "as preocupações elevadas de que Portugal não cumpra totalmente as metas de redução e estabilização de dívida estabelecidas em seu acordo de crédito com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), devido aos desafios formidáveis que o país enfrenta na redução dos gastos, na diminuição da evasão de impostos, na recuperação do crescimento econômico e no apoio ao sistema bancário".