RS é excluído do novo seguro rural

Publicado em 07/07/2011 17:34
O Rio Grande do Sul ficou de fora do projeto piloto do seguro rural a que os produtores terão acesso a partir da safra 2011/2012. O Seguro Faturamento, a ser lançado hoje pelo Banco do Brasil, em Brasília, abrangerá neste primeiro ano Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal. Modalidade de proteção de preço que cobrirá até 70% da receita projetada pelo agricultor, além de quebra de produção por problemas climáticos, o seguro terá subsídio do governo federal, que pagará metade do prêmio da apólice, e começa com a soja. As seguradoras Aliança e Mapfre vão operar o seguro. Após este ano safra, será avaliada a extensão da experiência para outras culturas e estados. As contas para a cobertura do Seguro Faturamento terão como base a média histórica de produtividade das lavouras em cada região e a média dos preços nos últimos 15 dias antes da liquidação na BM&FBovespa. Conforme o gerente de Mercado do Agronegócio da Superintendência Estadual do BB, João Paulo Comerlato, os estados selecionados são os que apresentam maiores problemas de oscilação de preço e dificuldades logísticas, o que, segundo ele, não é o caso do RS, onde há problemas recorrentes de clima.

Comerlato antecipou que, em contrapartida, houve melhora no seguro agrícola convencional no Estado. A partir desta safra, o seguro passará a amparar percentual maior sobre a produtividade, também ampliada. No caso da soja, o teto de cobertura subirá de 50% de até 40 sacas para 60% de até 50 sacas, com variações regionais. Comerlato também antecipou que a elevação do limite de cobertura do Proagro de R$ 150 mil para R$ 250 mil só depende de resolução do Conselho Monetário Nacional.

Para o presidente da Comissão de Crédito da Farsul, Elmar Konrad, o ideal seria o seguro de renda, já que as intempéries causam queda de receita nas propriedades e a falta de um modelo eficiente de seguro é um dos fatores do atual endividamento. Mas, na ausência do ideal, eles querem, ao menos, um seguro que cubra o custo de produção, o que, até então, não está acontecendo. Konrad pondera que o nível de cobertura considerado como parâmetro pelas seguradoras até a última safra não cobre nem o valor financiado e muito menos o real custo da cultura. "A alteração é indispensável porque, mesmo em perda parcial, não temos benefício do jeito como está."

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Fonte:
Correio do Povo

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