Suínos: MT atenderá exigências da Rússia

Publicado em 08/07/2011 14:04


Comissão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entregou ao Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) relatório sobre as alterações nas plantas frigoríficas suspensas. Expectativa é de o comércio seja restabelecido em algumas semanas, visto que ao invés de contestar os argumentos russos, o governo optou por atender as exigências. Na Rússia, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), esteve com o adido do Mapa, Rinaldo Junqueira, para discutir sobre o embargo.

Assim como o governo federal, Barbosa ressaltou que o Estado também irá atender as reivindicações russas para que o comércio seja retomado o mais breve possível. Além de Mato Grosso, o país parceiro comercial também suspendeu a compra de carnes do Paraná e do Rio Grande do Sul. Cerca de 20 dias após o embargo russo à carne mato-grossense, o fim das transações comerciais não causou impacto na Balança Comercial do Estado e nem mesmo sobre o preço do produto e da arroba no mercado local.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Luiz Freitas, as grandes empresas que foram impedidas de embarcar produtos, fizeram um remanejamento e as carnes passaram a ser enviadas para Rússia por unidades de outros estados e Mato Grosso assumiu o embarque para outros países. Esta alternativa aponta, segundo Freitas, que o mercado brasileiro está diversificado e não é mais refém de poucos compradores.

Neste período, o preço da arroba do também não sofreu queda e se mantém entre R$ 85 e R$ 88. Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat),Luciano Vacari, caso haja algum reflexo no mercado local este será percebido apenas em julho. Mesmo assim, Vacari acredita que isso deverá acontecer porque as exportações para outros destinos compensam a falta da Rússia.

Foram suspensas em Mato Grosso as exportações de 17 plantas frigoríficas, das quais 6 estavam fechadas antes do embargo. Entre as medidas adotadas para correção das inconformidades constam o investimento de U$ 32 milhões nos laboratórios brasileiros para reorganização da rede de laboratórios de controle de matérias-primas e produtos veterinários.

Preços - Diferentemente do que foi cogitado após o anúncio do embargo, a carne não foi desvalorizada no mercado interno, até porque não há sobra de carne. Nos supermercados e açougues, a redução ocorreu antes do embargo, por uma questão de acomodação após o pico, no fim de 2010. Segundo o diretor da Associação Mato-grossense de Supermercados (Asmat), Altair Magalhães, com a oferta maior de animais, comum no início de ano, os preços reduziram antes do embargo e agora se mantém estáveis. (Com informações da Secom/MT)

Fonte: Secom/MT

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