BNB já emprestou R$ 100 milhões a agricultores

Publicado em 11/07/2011 07:46
O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) já financiou mais de R$ 100 milhões a pequenos produtores rurais incluídos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Ceará, informou a gerente do Ambiente de Gerenciamento do Pronaf e Programa de Crédito Fundiário do BNB, Cristiane Garcia Barbosa. O valor refere-se ao primeiro semestre deste ano. A meta do Pronaf para 2011 é repassar R$ 1,2 bilhão em toda área coberta pelo banco (Nordeste e Minas Gerais), sendo para o Ceará R$ 181,5 milhões.

A carteira do Pronaf chega a R$ 4,3 bilhões, com R$ 759 milhões somente no Ceará. “É importante ressaltar a atuação diferenciada do Agroamigo, que atende aos agricultores do Grupo B (renda até

R$ 6 mil por ano), por meio do assessor de crédito na própria comunidade rural do cliente. A carteira do Agroamigo no Ceará é de R$ 117,9 milhões”, disse Cristiane.

Sobre o projeto de entrega dos títulos de posse aos homens e mulheres do campo, a gerente comenta a importância social e econômica. “Uma vez regularizada a situação fundiária, os agricultores têm resgatada a sua cidadania, e ficam aptos a produzir sobretudo alimentos básicos, além da garantia de melhoria de vida para a família.

Para ser beneficiado, o pequeno produtor rural precisa ser detentor da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), emitida por sindicatos dos trabalhadores rurais e órgãos de assistência técnica. Além disso, é necessário apresentar uma proposta simplificada de crédito, que pode chegar até R$ 180 mil, no caso do Pronaf Mais Alimentos.

A gerente do BNB explica que a proposta é analisada, juntamente com a verificação do cadastro do cliente, que não pode apresentar restrição. “Caso o crédito seja aprovado, o cliente deve aplicar os recursos corretamente, nos itens constantes do contrato de crédito e realizar o reembolso nas datas aprazadas”, informa.

A DAP para os agricultores familiares é emitida por sindicatos dos trabalhadores rurais e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), que são credenciados junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A exceção é no caso dos assentados da reforma agrária, cuja DAP somente pode ser emitida pelo Incra.

Com as terras devidamente documentadas, a tendência é que os financiamentos para agricultores familiares tomem maiores proporções.

O superintendente do Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), Ricardo Durval explica que no município de Jati, foram regularizados sete mil hectares, com a entrega de 243 títulos de documento da terra. Algumas pessoas já desenvolviam projetos por meio de outros programas que permitiam dar a terra como garantia sem o título. No entanto, o trabalho de entrega do título de posse impulsionou em mais de R$ 1 milhão em financiamentos do Pronaf em apenas 15 dias.

Ainda em Jati, o projeto de georreferenciamento e medição das terras identificou uma propriedade improdutiva de 8,5 mil hectares. “Hoje, é um assentamento com 300 famílias assentadas beneficiadas”, conta Durval. “Os resultados estão aparecendo”, ressalta.

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O Povo

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