Governo anuncia que vai recriar a Sudeco no Centro-Oeste

Publicado em 12/07/2011 22:17 e atualizado em 13/07/2011 14:13
Anúncio foi feito durante Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, (no Estado de S. Paulo).
Volta a funcionar a Superintendência de Desenvolvimento Sustentável do Centro-Oeste (Sudeco). O anuncio foi feito nesta terça-feira, 12, pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, em palestra sobre o Cerrado durante a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Goiânia.

A recriação da Sudeco, extinta durante o governo Fernando Henrique Cardoso, está prevista desde o final de 2007, quando o Congresso Nacional aprovou projeto de lei para reinstalação do órgão. A superintendência assume as funções da atual Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste, ligada à estrutura de administração direta do Ministério da Integração Nacional.

A Sudeco vai fazer repasses do fundo constitucional para a região considerada a principal fronteira agrícola do País. Além da produção agropecuária e de infraestrutura, haverá linhas de financiamento para pesquisa e inovação e para projetos de sustentabilidade ambiental.

Cerrado é 70% agricultável

Segundo Bezerra, o bioma do Cerrado, que cobre grande parte do Centro-Oeste, possui 72% das áreas agricultáveis. Além da produção de alimentados e da criação de animais, a área é reconhecida pela importância ambiental, onde está um terço da biodiversidade do território brasileiro (5% da biodiversidade do planeta). É no bioma que estão as nascentes dos rios São Francisco, Tocantins, Araguaia e Paraná.

O ministro defendeu a participação dos cientistas brasileiros nas discussões do novo Código Florestal, em tramitação no Senado. “O texto pode introduzir novos instrumentos (de avaliação de impacto) que a academia brasileira aponta”, disse se referindo ao estabelecimento de áreas de proteção e ao monitoramento do meio ambiente.

Mato Grosso e Funai assinam acordo para proteger Xingu
- O Estado de S.Paulo

O governo do Estado de Mato Grosso e a Fundação Nacional do Índio (Funai) vão assinar um acordo de cooperação para evitar o desmatamento e ampliar a proteção aos índios no entorno do Parque Indígena do Xingu, que está completando 50 anos de criação.

Segundo o diretor de promoção para o desenvolvimento sustentável da Funai, Aloysio Guapindaia, o órgão sabe dos problemas que existem no entorno da reserva e reconhece que são uma ameaça aos índios.

O cacique Kotok Kamaiurá, de 53 anos, líder da etnia kamaiurá, que vive no sul do parque, reclama que os índios "já não conseguem pescar e fazer roça como no passado" e que não tem muito o que comemorar. "A gente sofre muito com o desmatamento, com as queimadas. O governo ainda quer construir Belo Monte. Estamos preocupados."

A antropóloga Marina Kahn, que trabalha com índios do Xingu há mais de 30 anos, defende medidas que recuperem a qualidade de vida nas aldeias. "A preservação do entorno do parque é fundamental, pois tem efeito direto sobre o que ocorre dentro da área reservada aos índios."

A criação do Parque Indígena do Xingu é considerada um marco da política de proteção aos índios. Com quase 27 mil km² de área, a primeira grande reserva indígena do País garantiu a sobrevivência de 16 etnias.

Fonte: Ag. Brasil/Estadão

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