Cai a condição das lavouras de soja e milho nos EUA. Algodão do Texas enfrenta a pior seca da história
Publicado em 18/07/2011 19:32
e atualizado em 18/07/2011 22:35
Caiu a qualidade das lavouras de soja e milho nos Estados Unidos na semana passada, reflexo do calor extremo e da falta de umidade na região central do Cinturão do Milho. A classificação das lavouras de trigo de primavera manteve-se estável e as áreas de algodão no Texas continuam a sofrer uma das piores secas da história da cultura no país.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 66%
das lavouras de milho estavam em boa ou excelente condição até domingo, ante
69% na semana anterior. Na soja, 64% tinham essa classificação, ante 66%. Da
safra de trigo de primavera 73% estavam em boas ou excelentes condições.
No Iowa, 80% das lavouras de milho e 82% das de soja estão em bom ou excelente
estado. No Illinois, 61% do milho e 62% da soja tinham essas condições. Em Ohio,
que registrou o maior atraso no plantio dos grãos por causa das chuvas da
primavera, tinha 59% de suas lavouras de soja e 55% das de milho em boa ou
excelente condição.
"O mercado de milho deve encontrar suporte nesses sinais de estresse das
lavouras", considerou Shawn McCambridge, analista sênior de grãos da Jeffries
Bache, em Chicago. O desenvolvimento do está atrasado e deve continuar assim,
caso o clima não ajude. Cerca de 35% da safra entrou em estágio de floração, ante
47% na mesma época do ano passado.
Na soja, 40% dos campos entraram em floração, ante 52% na mesma época do ano
passado. "A soja chama menos atenção que o milho, mas o impacto do atraso do
plantio, do excesso de umidade no oeste, da estiagem no leste e, agora, calor
extremo, será o de atrasar o desenvolvimento das lavouras", afirmou Rich Feltes,
vice-presidente de pesquisa da corretora RJ O'Brien, em Chicago.
No trigo, 68% das lavouras de inverno foram colhidas.
No algodão, 40% das lavouras estão em condições ruins ou muito ruins, ante 7% na
mesma época do ano passado. Um terço da safra do Texas, que responde por mais
de um terço da produção americana, está com condições muito ruins.
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Fonte:
O Estado de S. Paulo