Greves impedem embarques de grãos nos portos argentinos

Publicado em 20/07/2011 08:06 e atualizado em 20/07/2011 08:45
As cargas de grãos prontas para embarque estão paradas nos portos argentinos diante da greve do pessoal do Senasa, organismo responsável por garantir e certificar a sanidade e qualidade da produção agropecuária, pesqueira e florestal, que reclama melhores salários. Na zona da Grande Rosário, principal pólo cerealista do país, há mais de 20 navios esperando para sair e as demoras geram grandes prejuízos econômicos, sobretudo se a greve continuar até sexta-feira, como anunciam os líderes do movimento.

Depois de rechaçar um aumento salarial escalonado de 24% o pessoal do Senasa continuará com as medidas de força até sexta-feira. Os empregados do organismo pedem também pagamentos adicionais e os passes às instalações permanece apenas do pessoal contratado. “A atividade nos portos está completamente paralisada desde a semana passada”, disse o gerente geral da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas de Rosário (Capym), Guillermo Wade. “O problema afeta a exportação de grãos porque o pessoal hierárquico é uma das partes que impulsiona a greve e como são estes empregados que emitem os certificados fitossanitários para autorizar as exportações, toda a agropecuária sofre com as medidas de força” completou.

A greve, porém, não afeta os embarques de azeites e farinhas, salvo que sejam tratados como fitossanitários. Também não afeta as mercadorias em trânsito do Paraguai e da Bolívia em cujo controle a Senasa não intervém. Na última sexta-feira havia na zona de Rosário 41 navios de ultramar e ante a eminência da greve, 34 conseguiram sair carregados. Na zona de Timbúes a San Lorenzo há hoje 16 navios, dos quais 6 estão no porto. E na zona de Rosário havia 5 navios, dos quais um estava no porto. Mas, como geralmente quando ocorrem estes problemas a Prefeitura detém o avanço dos barcos rio abaixo para que não se amontoem em frente aos terminais locais, fontes privadas calculam que haja 60 navios em todo o Rio Paraná com a atividade interrompida.

Ainda que o forte da carga de grãos ocorra entre março e junho, nesta época ainda é grande o movimento de operação nos portos. Até o momento não se fala em perdas econômicas, mas o gerente geral da Capym afirmou que “ter um navio parado no porto tem um custo altíssimo”.

Fonte: Trigo & Farinhas

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