Nova crise econômica global será profunda e prolongada. Brasil também sofrerá

Publicado em 08/08/2011 19:32 e atualizado em 09/08/2011 09:55
No domingo à noitinha, o editor recebeu a primeira notícia de que a segunda-feira seria negra para os mercados. É que seu e-mail registrou aviso que lhe disparou de Tel Aviv o leitor Tzvi Kappel: "Bolsa em queda, em Israel".

No final do ano passado e até recentemente, antes de assumir no JP Morgan, o ex-secretário da Fazenda, Aod Cunha, advertiu:

- Europa e Estados Unidos provocarão a nova crise econômica global, poque gastam mais do que arrecadam e sua população e economia mais velhas não darão conta do recado.

A crise será mais duradoura, poderá durar mais de uma década. O Brasil também sofrerá. Com uma crise menor, 2008, o PIB despencou 0,29% no ano seguinte.

O Brasil não terá como evitar o contágio. Simplesmente não poderá fazer isto porque todos sentirão o baque.

Durante todo esse tempo, tudo será muito volátil nos mercados.

- Os novos atores, mais jovens, dinâmicos, levarão bastante tempo para se acomodar na posição de carros-chefes da economia global e talvez nem consigam isto.

Mercados em pânico através do mundo. Bolsa de SP cai a limites insuportáveis

Nesta segunda-feira, 15h45m, quando o editor escrevia estas notas, os mercados mostravam este cenário:

Ouro - Maior cotação de toda a história, valendo mais de US$ 50 mil o quilo (Us$ 1.718,20 a onça troy em Nova Iorque).

Petróleo - Em queda, valendo U%$ 85,50 o barril

Dólar - O real perdendo valor, de novo, frente ao dólar, com cotação de R$ 1,601)

Bolsas - Em queda livre ao redor do mundo.

Às 15h45m, no display que é disponibilizado na capa do site www.polibiobraga.com.br, o Ibovespa acusava queda espetacular de 8,72%, quase perto dos 10%, quando o pregão é interrompido automaticamente, já que é sinal de histeria completa no mercado.

O presidente Barak Obama disse nesta segunda-feira que os Estados Unidos nunca deixarão de ser uma nação AAA.

É possível que assim seja, mas Obama jamais continuará um presidente AAA.

O que ocorre é que o presidente Barak Obama foi alvejado por uma crise econômica de enormes proporções ("Vem aí um Tsunami econômico", disse nesta segunda ao editor o diretor da Brasoja, Antonio Sartori, alarmado com o derretimento dos mercados). Ele poderia ter percebido que a crise global de 2008 foi um refresco para uma crise muito mais abrangente, não fez nada para mudar os fundamentos da economia americana e acabou sendo engolido por uma agenda extremamente conservadora e necessária, originada justamente dos seus piores adversários, o chamado Tea Party do Partido Republicano.

Até a presidente Dilma Roussef parece ter perdido o respeito pelos Estados Unidos, portanto por Obama. É que nesta segunda ao meio dia, num almoço que ofereceu ao primeiro-ministro do Canadá, ela reclamou:

- Os Estados Unidos precisam ajustar as suas contas. Esta crise poderá penalizar quem fez o dever de casa, como nós, prejudicando nossos investimentos sociais.

Quem anotou a frase foi a senadora Ana Amélia, PP do RS, que participou do almoço a convite do Planalto. O editor falou com a senadora no momento em que ela saída do Itamaraty.

Aliás, Canadá e Brasil estão em posição mais confortável diante da crise que se avizinha a passos de cavalo.

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Fonte:
Blog Polibio Braga

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