Vendas externas do MT 12,6% maiores

Publicado em 09/08/2011 10:00
As exportações mato-grossenses acumulam, em 2011, receita de US$ 6,02 bilhões, cifras 12,65% acima do registrado em igual período do ano passado, quando os sete primeiros meses contabilizaram US$ 5,34 bilhões. O sustento da pauta estadual vem sendo feito por setores dentro dos segmentos de grãos e carnes, por exemplo, como o óleo de soja, milho, carne de aves, que no mercado internacional tiveram suas cotações aumentadas em 74,59%, 60,4% e 40,1%, respectivamente, na comparação com o acumulado até julho de 2010.

Porém, isoladamente, o mês de julho apresentou recuo de 7% em relação ao desempenho de vendas observado em junho, que passou de US$ 988,85 milhões para US$ 919,18 milhões. A retração pode ser um sinal dos efeitos do embargo russo, que desde o dia 15 de junho vetou a entrada de carnes e seus derivados originados de três estados brasileiros: Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Sobre a pauta estadual o embargo acentuou ainda mais a performance negativa das carnes suínas, como também a bovina, com queda de volume comercializado de 39,4% e de 15%, respectivamente.

Mesmo com a balança comercial (exportações menos as importações) superavitária, ou seja, mais vendas do que compras, a participação estadual ficou menor dentro do bolo nacional, mas segue com um dos melhores resultados no Brasil. Conforme estatísticas elaboradas pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e divulgadas ontem, Mato Grosso ampliou o saldo comercial em 5,72%, de US$ 4,79 bilhões no acumulado até julho do ano passado para US$ 5,06 bilhões de janeiro a julho deste ano. No entanto, o saldo nacional passou a US$ 16,08 bilhões, dos quais o Estado participa com 31,50%. No mesmo período do ano passado a participação local passava de 50%.

O Estado segue na 8ª colocação entre os maiores estados exportadores do Brasil e lidera na região Centro-Oeste com participação de 52%.

PRODUTOS – O complexo soja – reúne grão, farelo, óleo e lecitina – que responde por mais de 74% da receita das exportações, soma negócios de US$ 4,49 bilhões no ano, mas registra ao mesmo tempo redução de 13,36% no volume dos embarques, mas contabiliza alta de 13,11%. De todos os seus derivados, apenas o óleo de soja segue em ascensão com alta de 10% no volume físico e de mais de 70% na cotação internacional.

O segundo mais importante grupo da pauta mato-grossense, o complexo carnes vive um antagonismo em 2011. O complexo com participação de 12,06% na pauta segue positivo, com receita de US$ 726 milhões, alta de 15,3% sobre a cotação de igual período do ano passado, mas apresenta recuo de 1,4% sobre o volume embarcado. As aves seguem como vedetes do segmento. Faturaram até agora US$ 241,48 milhões, valorização de 40% no período e alta de quase 20% nos embarques. As carnes bovinas, com receita de US$ 458,98 milhões, tiveram alta internacional de 10%, mas recuaram em volume exportado 15%. Com as carnes suínas a situação é a pior do complexo. A receita soma negócios de US$ 25,24 milhões, queda de 36,5% sobre o preço internacional e recuo de quase 40% sobre os embarques.

O milho, com 8,66% de participação sobre a pauta estadual, é o terceiro produto do Estado e soma US$ 521,78 milhões em vendas, valorização de 60,4% sobre a cotação e ampliação de 14% sobre os embarques.

DESTINOS – A Ásia segue como o maior parceiro comercial de Mato Grosso, respondendo por mais de 51% sobre o total de embarques efetuados. Além de ser manter importante, o continente expandiu em 30% suas compras e a China lidera as compras com US$ 2,33 bilhões dos US$ 3,10 bilhões totais. A União Europeia soma compras de US$ 1,49 bilhão, participação de 25% e expansão anual de 22%. A Holanda lidera as compras feitas pelo continente, US$ 573,12 milhões. O Oriente Médio, com participação de 7,90%, comprou US$ 475,71 milhões em compras e expansão de 37%.

IMPORTAÇÕES – As compras mato-grossenses acumulam alta de 72% de janeiro a julho, passando de US$ 552,81 milhões para US$ 955,30 milhões. Insumos para produção de adubos e fertilizantes lideram.

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Diário de Cuiabá

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