Reuters: Bolsas na Ásia fecham em baixa por preocupação com Europa

Publicado em 06/09/2011 10:12 e atualizado em 06/09/2011 10:43
A maioria das principais Bolsas de Valores asiáticas fechou em queda nesta terça-feira, com temores de que a crise de dívida da Europa esteja piorando, podendo desencadear uma segunda crise bancária.

O índice referencial das ações europeias tombou quase 4% no último pregão, com o setor financeiro caindo ao menor nível em mais de dois anos.

"É a doença europeia que está infectando os mercados ao redor do mundo no momento", comentou Michael Heffernan, estrategista do Austock Group, na Austrália.

Ampliando o tom negativo, há preocupação de que os Estados Unidos possam estar voltando à recessão, com uma série de dados econômicos fracos, principalmente sobre o desemprego. A economia norte-americana não conseguiu abrir postos de trabalho no mês passado.

O mais recente foco da crise de dívida europeia é a Itália, cujos bônus foram vendidos na segunda-feira em meio a receios de que Roma não esteja fazendo o suficiente para controlar a dívida pública. Os rendimentos dos bônus italianos de dez anos subiram para quase 5,6 por cento, a maior taxa desde o começo de agosto.

Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 2,21%, para o menor patamar em seis meses.

O índice das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,76% às 7h55 (horário de Brasília). Os setores mais prejudicados no MSCI eram indústria, matéria-prima e financeiras.

O índice de Seul caiu 1,07%. O mercado subiu 0,48% em Hong Kong e a Bolsa de Taiwan tombou 2,44%, enquanto o índice referencial de Xangai perdeu 0,33%. Cingapura encerrou em leve alta de 0,04% e Sydney se desvalorizou em 1,6%.

No estadão: Bolsas asiáticas sofrem com crise europeia

A maioria das bolsas asiáticas fechou em baixa nesta terça-feira, no embalo das fortes perdas verificadas nos mercados europeus na véspera. Com o feriado nos Estados Unidos, a crise de débito europeia atingiu em cheio o ânimo dos investidores da região.

A Bolsa de Tóquio fechou em forte queda, levando o índice Nikkei 225 ao menor nível dos últimos 28 meses, com investidores avessos ao risco e temerosos de uma queda do euro, dos problemas da dívida europeia e de um processo do governo dos EUA contra os bancos. Quase todas as ações caíram e o Nikkei 225 perdeu 193,89 pontos, ou 2,2%, para 8.590,57 pontos. Foi o menor nível de fechamento desde 28 de abril de 2009.

Na China, as Bolsas fecharam no pior patamar em quase 14 meses, devido às persistentes preocupações sobre o impacto das novas medidas de aperto monetário no crescimento econômico chinês e ao enfraquecimento da economia global. O índice Xangai Composto caiu 0,3% e terminou aos 2.470,53 pontos, o menor fechamento desde 16 de julho de 2010. O índice Shenzhen Composto baixou 1% e encerrou aos 1.085,35 pontos. Os produtores de cimento foram os mais afetados. Anhui Conch Cement baixou 5,2% e Tangshan Jidong Cement desabou 4,5%. Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) deslizou 0,3%.

A exceção foi a Bolsa de Hong Kong. Como HK é um dos últimos mercados a fechar, houve tempo para os investidores acompanharem a abertura das Bolsas da Europa, que começaram a terça-feira em acentuada elevação. Por conta disso, houve reversão das perdas iniciais uma hora e meia antes do fechamento. O índice Hang Seng subiu 94,10 pontos, ou 0,48%, e encerrou aos 19.710,50 pontos. China Mobile liderou a alta, ao saltar 2,6%. Espirit avançou 4,9%. Na contramão da tendência, HSBC caiu 1,8%.

As informações são da Dow Jones.

https://blogs.estadao.com.br/economia-tempo-real/2011/09/06/bolsas-asiaticas-sofrem-com-crise-europeia/

Puxada por alimentos, inflação oficial fica em 0,37% em agosto

Com o resultado de agosto, o IPCA acumula alta de 4,42% no ano e de 7,23% nos últimos 12 meses - maior patamar desde junho de 2005 e bem acima do limite máximo da meta
Daniela Amorim, da Agência Estado

RIO - Os preços dos alimentos, que haviam registrado queda de 0,34% em julho, voltaram a subir em agosto e puxaram a alta de 0,37% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado. O grupo teve alta de 0,72%, causando um impacto de 0,17 ponto porcentual, o correspondente a 45% do índice geral do mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa terça-feira.

Vários produtos aumentaram de preço, com destaque para as carnes, que saíram de um recuo de 1,12% em julho para uma alta de 1,84% em agosto. O item exerceu o principal impacto individual no IPCA de agosto, de 0,04 ponto porcentual. Quanto aos itens não alimentícios, a variação foi de 0,26% em agosto, abaixo dos 0,31% de julho.

O IPCA é o índice usado como referência para a meta de inflação - de 4,5%, com possibilidade de oscilação de dois pontos para mais ou para menos. Com o resultado de agosto, o indicador acumula alta de 4,42% no ano e de 7,23% nos últimos 12 meses - maior patamar desde junho de 2005 e bem acima do limite máximo da meta.

Aluguel residencial é o 2º item de impacto maior na inflação de agosto

Em agosto, aceleraram os preços de Habitação (de 0,27% em julho para 0,32% em agosto), especialmente do aluguel residencial (de 0,46% para 1,06%), item que exerceu o segundo maior impacto no mês no IPCA), e da taxa de água e esgoto (de 0,33% para 1,05%).

Já a alta dos Eletrodomésticos (de -0,32% para 2,38%), com destaque para refrigerador (de -0,29% para 3,29%) e máquina de lavar (de -1,58% para 3,18%), influenciaram o resultado do grupo artigos de residência (de 0,03% para 0,57%). Os artigos de Vestuário (de 0,10% para 0,67%) também contribuíram para a maior taxa de agosto do IPCA, com destaque para roupas femininas (de -0,26% para 1,18%) e masculinas (de 0,19% para 0,75%), refletindo o fim das promoções de inverno e a entrada da coleção primavera-verão.

Os salários dos empregados domésticos (de 1,26% para 0,72%), embora tenham continuado em alta, subiram menos que no mês anterior. Mesmo assim, o grupo das Despesas Pessoais (de 0,49% para 0,50%) apresentou resultado muito próximo ao do mês anterior, já que outros itens mostraram alta, como os serviços de cabeleireiros (de -1,10% para 0,97%).

O grupo Educação teve pequena alta (de 0,11% para 0,17%). Os colégios variaram 0,11%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 0,91%. O grupo Alimentação e Bebidas também teve aumento de preços, passando de uma queda de 0,34% em julho para uma alta de 0,72% em agosto. Por outro lado, caíram os preços de Transportes (de 0,46% para -0,11%) e Comunicação (de -0,04% para -0,06%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais registrou desaceleração de +0,47% para +0,43%.

https://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,puxada-por-alimentos-inflacao-oficial-fica-em-037-em-agosto,82994,0.htm

Na Folha: Dilma quer novos cortes na taxa de juros até dezembro

O Palácio do Planalto conta com novos cortes na taxa de juros nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) e já sinalizou ao Banco Central que irá reforçar ações na área fiscal para bancar a mudança na política monetária, informa reportagem de Valdo Cruz e Sheila D'amorim (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Segundo assessores, a presidente Dilma Rousseff avalia que esse é o melhor momento para levar os juros ao patamar de países desenvolvidos. E também para aprovar no Congresso medidas para melhorar o resultado das contas públicas.

Na quarta-feira passada (31), o Banco Central reduziu a taxa básica de juros de 12,50% para 12% ao ano.

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Analistas do mercado consideraram a decisão um movimento arriscado e o interpretaram como um sinal de que a diretoria da instituição cedeu a pressões.

Segundo eles, a redução da Selic, mesmo com a inflação acima da meta oficial, faz crer que a autoridade monetária sucumbiu às investidas do governo, que está preocupado em evitar uma desaceleração muito forte da atividade econômica.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/970911-dilma-quer-novos-cortes-na-taxa-de-juros-ate-dezembro.shtml

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Fonte:
Estadao/Folhaonline

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